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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Abismos
Sabe-se que o tempo não poupa o corriqueiro. Percebe-se a contento o ecoar da aurora nos horizontes. Dezembros Já não representam finais. É cabido o desterro, o derramar de lágrimas. Um passo adiante, abismos iminentes. Podemos desviá-los, mas seria necessário?. Quem sabe a queda nos conforta e valida.
Uma poeta eterna
Vou transcrever em homenagem a esta eterna poeta, pois sei admirar aquilo que é singelo e de incomensurável delicadeza.
“Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina (1889 - 1985)
“Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”
Cora Coralina (1889 - 1985)
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