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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ilusão


Hoje acordei e não te vi no meu leito. Senti saudades dos beijos, do seu cheiro e chorei ao ver a cama vazia. Levantei-me e como se tentasse entender a ausência, olhei a janela, a mesma que ofuscava teus cabelos quando nua, me olhava, sentindo-se bela.Ouvi passos no corredor e fui até a porta na esperança que voltasse pros meus braços, que aquele hiato de solidão fosse apenas um lapso de uma angústia que não queria viver.Retornei, cabisbaixo, certo de que tudo que passaria, desde então,  fosse o caos de uma vida sem amor, sem carinho e teus braços pra enlaçar-me.Tornei a me deitar,  sem querer acordar. Quem sabe sonhar,  que tudo não passou de ilusão.

Saudade II


Saudade é dor que ataca o peito
É andarilho sem sustento
È moribundo chafurdando no leito
 È pétala despedaçando no vento

Ela é a cama vazia
È a angústia da espera
É o fim de uma tarde fria
È a morte findando a quimera

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dia da saudade


Neste dia em que o pensamento nos remete ao passado, ofuscamos a mente com lembranças;
 umas boas,  outras ruins. Não conseguimos desvencilhar o que nos entristece do que nos acalenta.
 Sentimos que a emoção é louca e corre desenfreadamente sem destino, o qual temos que organizar. Que façamos, deste dia, o da saudade, trinta de janeiro; uma data eterna de lembranças boas.

Esquecido


Tenho em minha rotina o dia de embarcar para o trabalho. Todo santo dia,  estou a aguardar  viatura que  possa me encaminhar pras funções a qual recebo bonificações mensais. Reflito calmamente sobre minha condição e a  falta de condução própria. Paciência, um dia talvez mude esta realidade  e não espere mais. Quando em um determinado dia desses meus afazeres, reparei numa família, nada abastada, diga-se até que míseros mortais que,  religiosamente,  nos sábados aguardam, assim como eu, um carro que possa levá-los, destino não sei onde. São em número de três. Três pobres almas desgarradas; de fortuna, de contentamento. Neste específico dia, ensolarado, vento escasso e escaldante sensação de calor, noto que um deles ficou para trás. Não o levaram em suas viagens, sem destino certo. De certo que,  este infeliz, ficou fadado à sorte de seus pensamentos e caminho que terá que percorrer. Sabe-se lá onde teriam ido os algozes companheiros que o deixaram. Voltei a mim, observando o choro contido do desprezado e indaguei:: Por que meus Deus, tão injusta é a condição do ser humano que, num hiato de sorte, deixa-se levar pela insconstante presença da solidão. Me senti sozinho também, como aquele sujeito, subjugado e buscando o caminho perdido, esquecido.

Saber Viver

Ando e chuto as pedras da calçada. Cada pensamento, um caminho sem rumo. Feliz me encontro neste estado onde acredito na meditação. OLho pro céu, divago contando as nuvens... Seria possível contá-las?!. Mas em meus pensamentos tudo é permitido, nada é absurdo e sim eloquente.Atenho-me aos transeuntes que passam absortos rumo a seus afazeres. Uns cruzam olhares e sorrisos outros sequer parecem respirar ou viver neste planeta. Incrível como os indivíduos possuem o talento de serem, ou fingirem ser invisíveis. Não expressam, parecem robôs em busca de algo, denominador comum esta procura. Incluo-me nesta categoria, a buscar algo que encontraremos no fim de nossas existências. Mas que rítmo incansável nos impomos nesta labuta. Paciência. Esta é a resposta para todos os nossos exercícios do SABER VIVER!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Emoção

Quisera os pensamentos transformarem-se em fantasia!
Iluminar um desfile de beleza e alegria
Na vontade de não calar a saudade
Saber suportar a dor de não sufocar as angústias
Que teimosa insiste em nos enlaçar
Sambar como o pierrô tentanto docemente conquistar sua colombina
Cantar a mais singela canção
Esta que encanta e embala nossa emoção

Canção

Ouvires a mais sublime canção,
A que leve pros caminhos verdejantes!
Sentires que o que estava distante, tenro, retorne  nos pensamentos
Que faças soluçar as emoções mais lancinantes
Desejares, que as batidas sejam eternas no coração
Esbravejares ao vento que, sem findar,  eternize-se nestes momentos.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Tormenta

Que venha como nuvens robustas a clamar a tempestade
Pra que torridamente caia sobre nossas entranhas
Suas mais doces frases escaldantes de amor
Que cause frescor e estranhesa, na mais profunda beleza!
Toda dor se esvai, clama sua glória de ternura
Se perde no vento, obscura letra escarlate
O quereres estar sempre em tua bravura!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sangrando


Quando a dor encrava no meu peito, sinto a saudade como amiga
Fico sangrando só, sem poder chorar
Não acredito no sonho de um dia mudar o que passou
Como  a sensação de sentir frio, deitado na rua, sem coberta
Minha vontade não é sua, nem sequer poderia ser... que vontade de exortá-la
Vou senti-la nos meus braços. Mesmo que seja breve o instante. Compartilharei com meus anseios
Resmungar baixinho...Conter o gemido que queria alto....
Pra que não acordes de sua obscura beleza!
Pra que não estejas longe de meu sobressalto!