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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Fim de Ano

‎"Fim de ano, fim de um ciclo...Aguardar o novo"

Vamos pensar nos próximos passos, serão dados com certeza na esperança de um realizar intenso, às vezes estrategicamente imaginado outras vezes no repente. O que importa é que seja dado o primeiro passo. Que seja este passo enérgico, com vontade. Mudar é, às vezes, inventar formas de modificar o olhar. Vamos observar adiante. O caminho sempre estará à frente, o ponto de vista nós teremos que intensificar. Se ele estará claro; próximo, só caberá a nós decidirmos. Que venha então o Ano Novo...Nós o faremos novo a cada dia que abrirmos os olhos e enxergarmos que tudo novo estará dentro de cada um de nós. Feliz Nascer de um ano novo em nós mesmos a cada dia.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Ode ao Amor

Sei que na queda me venha a faltar
As inúmeras palavras que não balbuciei
Mas no caminho deste abismo a gritar
Somente pra você, minhas tristes lágrimas guardei!

Sei que não me ouves! O barulho do tempo apagou
A linda voz que dizia “Te amo” – e só assim poderia
Conduzir-me a alegria pra dentro do coração
Mas  a distância, que me fez o não – Sua luz afastou
E se no canto dos pássaros só cabe a melancolia
Vou interpretar a tristeza – Tão distante – como alegria
Pra que não morra agora – E não saia vazia – desta canção
E da estrada – dos caminhos – Onde Tudo mudou
É no seu corpo que me alimento e da noite, pra te iluminar, o clarão traria
Faria-te afagos – Tua glória cantaria – Só pra você – O meu mundo daria!

Meu sustento

Sei que andas a me procurar
Sou o vento, sopro alto e não assento
Mas em você sempre penso, e sinto
Que te desejar é meu sustento
E se não tenho, nos pensamentos
Minha vida, em cada esquina perco a dobrar!

Sei que me sabes assim desatento
Mas não por mal, nem por falta de afeto
É que sonolento, meus pensamentos a guardar
Sempre cai nos teus braços a clamar
Não se esqueça de mim, nem por um momento

Deixarei que tua glória em aplacar
Meu coração te darei a contento
E de lambuja minha alma pra afagar
Te procura a tempos e destes sentimentos
Só me fazem  julgar que sem você estou predestinado
A não encontrar a melhor forma de te amar!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Razão de viver

Toda nossa beleza está em amar
Amamos o quem gostamos, os poucos que subestimamos
Buscamos encantamento, que melhore
Pra que tenha brilho a vida, tenha efeito o ato de doar
Que a felicidade não se atrase, assim não demore

Que envelheça a melhor forma de ser presente
Pra que cansado da fadiga que a vida dá
Ser Feliz, alegre e contente seja sempre
Sabendo Que o contentamento, tão esperado virá

Buscar a simplicidade rápida e faceira
Que seja fácil de lidar, alterando os rumos da vida
Será um estampido de um sorriso na face certeira
E o sentir o máximo da exata razão de viver cumprida!  

Esperança no Natal

Que o sinal da luz nos guie
Sinalize os caminhos a percorrer
Que não seja nossa estrela cadente, nem desvie
A vontade de lutar, viver intensamente a verdade, não morrer.

Que nosso caminho seja de glórias, vitórias certas,
Que o espírito do combate seja uma árdua busca pela paz
Que os pássaros feridos, que voam aprisionados nos corações
Batam suas asas, voem distante das agruras que felizes se desfaz
Só assim, os murmúrios se façam ouvir, e entoem somente orações
Pra que a vida, seja só assim vivida, de acordo com boas regras
Estas regras, não sejam impostas, mas que aceitas na vontade
Na bondade, do bem me quer e querer estará como a luz pra escuridão.
Que assim seja!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Igual ao vento que desfaz penteados

Igual ao vento que desfaz penteados
Sigo seus passos que andam lentos
Procuro teus olhos que se mostram agitados
Acabo entorpecido nestes pensamentos

Quem dera a força de um coração
Bater descompassado e sozinho no peito
Sabendo que deveras única oração
Jamais atingirá seu amor, seu respeito

Como folha caída que procura o chão
Tento achar saída para o contentamento
Pondo fim a tanta angústia e solidão
Quanto mais fujo, mais próximo o sofrimento.

Tempestade

Sinto dizer que dói a sensação que perdi o tempo
O tempo que poderia trazê-la de volta
Mas a volta que a realidade nos dá, te leva solta no vento
E ele sorrateiro, entra e faz bater a porta

Vou buscar nas tempestades este vento que te levou
Mergulhar no clarão dos raios pra enxergar teus olhos
Pois me guiarei neles pra buscar a calmaria
Feito terra seca que sem chuva não viveria
E dela molhar minha alma pra senti-la que aqui ficou!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Sua Companhia

Minhas rugas, as tenho puras
Encravadas no caminho do meu rosto
Se as fiz, foi com juras
De sentir a vida a todo gosto

Esta experiência que adquiri
Talvez sofrendo, talvez sorrindo – Mas senti
Que estou aqui, que vivo e serei assim
Não temo o mundo, e não quero que temam a mim
O caminho, farei sozinho se preciso for
Mas se puder escolher, queria sua companhia
E de toda angústia, tristeza – Transformar  em alegria
Então, vêm comigo – Te dou abrigo
Vamos juntos, que só assim seremos felizes
Pois te esperar me faria triste.

Minha luz

Pergunto a minha alma, onde está minha luz. Ela hesita em responder. Do nada, me mostra o caminho para encontrá-la. Mergulho no meu infinito. Os meus olhos, mesmo fechados, me conduzem ao fundo do meu coração. Resgato já iluminado o que procurava escondido. Constato; sempre fui a luz, mas ignorante, meus olhos vedados,  não viam. Vou deixar brilhar. Que venham os vaga-lumes ao meu encontro. Que façam festa, pois agora sou alegria iluminada e meu coração um eterno baile, onde sempre haverá uma última canção a embalar a vida.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ser flor

O que busco neste mundo? Quem sabe ir fundo
Desvendar a vida que sofrida a buscar
A melhor forma de encontrar seu amor
E nele plantar. Que toda flor venha beijar
Todo o pássaro, insistente a voar.
E se uma das asas lhe faltarem
Que siga assim, no chão o mergulho
Mesmo fatal, da terra será o adubo
E quem sabe um dia nascer flor
E do seu mirar, pro jardim, um dia me olhar!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

Neste dezembro que no oito de seu dia nos trouxe
Uma “Imaculada Conceição de Nossa Senhora” pra nos Proteger
Façamos desta Glória a enaltecer a mais “Maria Isenta do Pecado Original”
Socorrei-nos, pra que rezemos, oremos pra sobreviver
Livre-nos da mácula, toda angústia da vida e do mal!

Bem vinda seja “Nossa Senhora” – Nos guarde sempre – Amém.

Carinho

O carinho, este ato que nos aquece
Não vêm sozinho, vem conjugado a uma prece
A ele rogas, que no lampejo de uma vida
Vem consumar a alegria que num dia
não se esquece. Que fique  assim, impregnado
Fazendo troça, quando não gosta, de sua lida
Mas neste porto, que é sua alma
Venha atracar, embora tácito, céu desejado!

Só fiz viver

Entre as portas, que abertas, revelam o futuro
Por elas passam a vontade de mudar.
E sem querer, quase intacto, subir o muro
Buscando o horizonte, que longe, faz olvidar
Que o caminho a percorrer, agruras passarei
Nesta estrada, mais sofrimento, nem pensarei
Em seu final, que sempre chega,  poder dizer
Estive aqui, e da vida, só fiz viver!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Tua aurora

Se meu canto te encontrasse, esta cantiga te ofertaria
E das nuances da beleza, tenho a certeza que gostaria
Pois o faço agora, canto aqui e lá fora, sem demora
Pois vou buscar perdida tua aurora, e trazê-la agora!
SE nesta terra que não têm preço, todo amor que ofereço
Quem sabe os ventos, venham soprar nestas veredas
E só assim o teu amor será pra mim
Como a flores que lhe valha, uma rosa, a calêndula e o jasmim!
Será eterno, sobreviverá meu coração, transformado em jardim.

Tua imagem

Assim, é o que me parece.
E assim gosto.
E me mostro.
E te ofereço.
O meu apreço
Por ti,
E só assim,
A olhar tua imagem
Peço passagem
Pro coração
Pra ofertar
Meu endereço
Da alegria, do amor e fantasia.
Pois só você, com sua imagem
Que me mostra a transformar a alegria
O quanto estou vivo nesta viagem
E da sua imagem a nostalgia
De fazer eterna minha paragem!

Quando pro seu retrato olho,
Palavras dele saem em minha direção.
 E neste ato, que me parece, ficas a olhar pra mim!
E nele sinto o seu sorriso no altar de marfim
Assim que me parece.
*E assim gosto.
*E me mostro.
*e te ofereço.
*O meu apreço
*Por ti,
E só assim,
A olhar tua imagem
Peço passagem
Pro coração
Pra ofertar
Meu endereço
*Da alegria, do amor e fantasia.
Pois só você, com sua imagem
*que me mostra a transformar a alegria
O quanto estou vivo nesta viagem
E da sua imagem a nostalgia
De fazer eterna minha paragem!

domingo, 27 de novembro de 2011

Sem você

Sem você meus olhos se fecham
Minha luz se apaga e não vejo nada.
Sem você, não sou ninguém e ser alguém
É estar em ti que me alucina.
Sem você não sei de mim, pois foi assim,
Que eu senti que em você, sou mais um Ser
Que está assim, pois sem você, não estou aqui.

Isto é amar

Isto é amar. É traduzir o outro com nossas palavras e nos enxergar com os olhos de quem vê de fora. É procurar interagir com a alma alheia, sentir os anseios e as dores emprestadas do peito de outrem. É saber estar só e muitas vezes acompanhado do delírio de querer ser e não poder ter o que se quer.
É tão bom poder ler e sentir o que se quer dizer, quando de um poema, que por vezes nos fala de amor, outras de dor e no fundo do cenário a solidão... Que se traduz em lágrimas e sorrisos
Acho que isso acontece porque todos somos capazes de sentir... Somos humanos, porém, nem todos conseguem se expressar... Mas todos são capazes de sentir. Muitos não dão conta disso.
Pois é. Temos nossas limitações. Eu, agora, reconheço que estou me virando pra me expressar com a fala... As palavras, já as tenho íntimas.
Mas a fala tenho recente sua exortação. Aos poucos vou me desprendendo e assim saindo com ela das minhas entranhas. Em muitos provoco estranheza e em outros, admiração.
Esse sou eu: homem, poeta, amante.... amor.........sonhador!!!!!!!!

Querer que não têm fim

então.......
*Foi você.....
*que fez assim....
*Me emocionou
*Fincou em mim!
*este querer
que não têm fim!
E neste tempo
Em que meu pranto
Só faz chorar a todo tempo
Só faz dizer que no entanto
Só quero a ti no pensamento

Encontro

Guarde toda sua ânsia e delícia de me querer,
Quando nos encontramos saciaremos nossa sede de viver,
 Nossos braços se entrelaçarão, nossas bocas serão uma a dizer...
 - Fica comigo... nunca mais partir.
Estou aqui e feliz somente posso rir.
Lágrimas ficarão da porta pra fora.
Não teremos tempo ruim, somente o tempo nos dirá que parou...
Não há nada lá fora... Que alegria! Você existe!
Nossos corpos compartilharão
O calor do nosso amor. E nossas almas
A luz que nos une
Nada será para nos punir
Destes laços, por mais que não queiram
A água na boca faz ungir
Embora no agora, separar- nos pleiteiam,
Cada ato será o fato exato, de nos unir!

sábado, 26 de novembro de 2011

Vento que venta aqui

Vento que venta aqui e se desfaz
Mostra-se no varal da vida a contemplar
Pois que seca a lida de quem faz
Toda a tristeza sentida afastar

Quero toda sua brisa pra secar
Toda a sorte do norte a buscar
Vivendo a vida a bailar, seu sopro a cantar

Que não pare, sequer a sobejar
O meu rosto venha a exaltar
Sua vontade de embalar
Estes versos nunca um dia a findar!

Ser Passarinho


Passarinho venha cantar na minha janela
Ouvir seu doce canto, me faz resplandecer
Sei que estás triste, e que não espera
Surgir do nada,  bela planta pra te oferecer

Estou aqui, sozinho me sentindo
Você aí tão pertinho, ciscando o caminho
Faça da minha alegria seu ninho
E sempre a cantar, me alegrar todinho.

Quando olho pro céu, vejo com teu olhar
As nuvens, a imensidão do mundo
E se tivesse, com força, as asas bater a voar
E contente, me libertar, mergulhar fundo.

Não haveria tempo ruim, buscar outros ares
Voar sobre o chão e os mares
Não ter âncoras, sempre a vida a saudar
Sabendo que a qualquer momento, bater asas e de novo a voar.

sábado, 19 de novembro de 2011

Estrela solitária

Oh estrela solitária, porque olhas pra mim?
Se da terra, pequenino me torno neste imenso jardim?
Tua luz, que muitos seduzem, brilha mais assim!
Estas longe, tão longe de mim!
Mas te procuro, pois mais que nuvens te levem de mim
Sei que estás brilhante a olhar
E irradias alegrias nunca a findar!
Pois meus olhos não se cansam,
Não se cansam de olhar
Por que sei, mesmo solitária, sempre a brilhar!

A noite

Sei que vêm, escurece os dias, mesmo que não queiras!
Sua cor, às vezes de dor, outras de amor – Traz o frio e o calor!
E se movimenta, trás nuances intrigantes aos que te acalentam.
Pois do nada, só faz esconder, o que do nada já vêm a nascer!
Muitos assombram, ruborizam e aprontam;
Pois sua luz é temida, vens escondida nos véus do luar
E colocam-se os casais, todos a esperar-te
A melhor forma de amar!
Profundos mares dantes navegados, poder mergulhar!
Nestas águas incertas, cobertas de cores, das dores do mar
Eis que o encontro, nas ondas lhe venha a calhar
Pois mais que absorta, numa praia venha naufragar

Angústia

E cedo ao enredo desta solidão
Percebo tão próximo o vazio do não
As alegrias, embora tardias, busco em vão
E fico a chorar, a lamentar em não ser são
Seguindo, fadado a não encontrar chão!

Oh angústia! qual segredo pra te afastar?
Se deste medo, fico sofrendo a tentar
Bem longe de ti, a felicidade a buscar!
E no dormente coração, fatigado à lutar
Pra que antes do fim, sem receios, me venha à findar!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

No escuro da minha noite

Porque choro, não te ter e reconhecer
Que sem você minha vida não é vivida
Sem você, sou um jovem a envelhecer
E os meus dias, como amiga a tristeza sentida

Passam os dias, a noite vêm e com ela a solidão
Na esperança de sonhar, fico assim acordado
A esperar sua vinda, encontrar o sim, nunca o não
E em todas as guerras, lutar com afinco, ser teu soldado

Mas o carrasco encontra sua vítima, se farta em mim
Meu calabouço é aqui, prendo a dor assim
Que faz sangrar, que dói e a angústia a porvir
Me entrego, fadado à minha sorte, quem sabe a morte!

No escuro da minha noite, ainda assim
Busco a remota essência da pequena luz
E nela mergulho dizendo a buscar -  a alegria eu vim
Me encontrar nesta estrada sem fim e juntar você a mim!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ah! os teus olhos que olham pra mim

Estes teus olhos, Ah os teus olhos que olham pra mim!
Se pudesse me vestiria de vento e sopraria assim,
Pra que num lance do olhar fixasse
Todo buscar desse amor que aqui vim!

Estes teus olhos, Ah os teus olhos que olham pra mim!
Se me aconchego, me sinto inteiro em ti
E nas alturas o meu corpo senti
A amar teu olhar quando te vi

Se um dia teus olhos não mais ver
Mesmo que perto estejas de mim
Neste dia m"alma a morrer
Pois que sei que não mais olhas pra mim!

Flor do meu jardim

Olho pro jardim e procuro a flor
Neste canteiro secreto eu vim
O que procuro é a distância da dor, encontrar meu amor"
Mas da terra só a saudade brota, e ela não aparece pra mim!

Semeio ao vento toda sorte de um coração que busca
O calor dos abraços que um dia me doou
Mas neste chão encontra-se árido e sua ausência ofusca
Minha visão de encontrar alegria, mas é pássaro que voou!

Vou trabalhar suas raízes, sedimentá-las, para que não saias
Deste jardim, será todo meu e ficará florido
E de toda chuva, sol que brilha e que te alimenta, não deixar que caias
E toda cor que se apresentar, todo amor lhe será sortido

E na colheita que fizer
Seu amor não fará desfeita
Farei-te bela e minha mulher
E a sorte de minha vida, assim será refeita!

Renúncia

Saio desta vida, senão pela vontade de amar
E dela sorver toda a procura de ser feliz
Pois a felicidade é o combustível do viver plenamente
Sigo suas palavras à risca, pois assim se diz:
Mergulhe em mim, toda súplica do ser que sente!
E aos olhos de Deus não perecerei às sevícias.

Toda renúncia será para sobreviver
Pois que da alma restará somente lembranças
Da vida que agora acaba de morrer
E da morte, nenhum resquício do sofrer.

Meu caminho

Observo distante aquela casinha. Vou ter neste caminho que leva até ela.Observo ao seu redor todo o verde que lhe cabe neste mundo que se esquece de tê-lo. Não por sua vontade, mas pelas mãos dos que ignoram a leveza, a saúde em tê-los.E continuo a caminhar. Sinto-me na passarela e a me observar olhos ávidos de curiosidade que perguntam: Quem será, por que veio, o que fará? Não darei respostas, continuarei minha marcha. Ela não se desfaz, embora meu olhar se desvie do meu rumo, nunca pestanejo e sei a que vim. Às vezes se torna distante meu destino, ora está mais próximo do meu olhar, diferente do pensamento que o fez assim inatingível.Não me perco em conjecturas e sigo, sigo adiante. Vou contando os passos, me perco na matemática, que nunca foi minha amiga, não o será agora.E as cores que avistava de longe, agora tornam-se mais claras, mais íntimas e me vejo neste interior. Me antecipo a reconhecê-la, não consigo. Me esforço e vejo o vermelho do sangue do lamento do coração, a transparência das lágrimas que sempre da fonte dos olhos, jorrava a todo instante do sofrimento, que se tornava vívido a cada momento.No chão, tapete que convida ao caminhar, ir fundo até os segredos. Trancados, todos os cadeados da verdade escondem-se. Não me darei por vencido. Vou insistir em descobrir que lugar é este. E sem medo de ser feliz ou permanecer na tristeza, completaria minha entrada na vida, esta casinha que encontrava-se distante e que agora estou dentro. Não vou sair e dela permanecerei até que outra viagem me forcem a fazer e outro endereço procurarei, a morte é este destino, e de lá quando estiver, olharei pra trás e não me arrependerei de tudo que fiz e do que tentei, da melhor maneira de ser feliz. Nela também caminharei, dos meus passos talvez muitos queiram seguir, ou quem sabe apagar o rastro, para que ninguém me acompanhe.Se é certo este ato não sei, o que sei é que sempre caminharei, seja qual for o caminho.

Aprender o amor

Deita amor! Meu coração é teu leito
Vou te guardar no meu peito
Te fazer feliz do meu jeito!

A brandura do seu olhar me acalenta
Vou te seguir feito o luar
Que se esconde quando o sol a brilhar

E se nas linhas do caderno coloco a escrita
Te peço humildemente que entenda
Que meu amor é seu - então reflita!
Que somente dele viverá - Não evita
Pois te darei como uma lição que se aprenda.

História esquecida

Me sinto só como nossos discos esquecidos
Só a poeira como companheira
Que lembrará dos momentos vividos

Na vitrola, parada, sem vida; sem rumo
Não mais a tocar a canção que acalentava
E que agora perdida, esquecida, só faz sofrer não ouvir!

Já não temos entradas, somente assistir tristes as saídas
De novo a poeira no canto como amiga, a encobrir a história
que um dia vivemos e que o amor em nós todo dia
Na vida assistindo calado a forma como morríamos.

Do teu amor sobrevivo

Vou saciar minha sede, na sua fonte aplacar
Pois só assim se pode do amor se afogar

Mergulhando no seu sorriso, a alegria conhecer
E lá no céu, as nuvens piso, descer à terra poder viver

Só do teu amor sobrevivo
Pois mais forte que seja eu
Sem teu amor não vivo

És minha Julieta, e eu seu Romeu
Somos personagens desta ilusão
Você é o caminho do meu chão
Que vai direto pro meu coração!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Faz assim

Faz assim: Pra não doer seu coração
Feche os olhos, sinta o toque das mãos
Que é minha, na sua, e ouvir a canção
Que é nossa, e possa sentir toda a emoção
De viver abraçadinhos, onde o mundo não acaba não!
E nos pensamentos, volte a viver do momento feliz que amar não fosse solidão e pra tristeza sempre dizer não!

Minha flor

Ah se fosse flor, seria a cor do meu amor
Ah se fosse meu amor, seria a flor de toda cor
Quero só teu calor, como for, eu te quero assim
Que seja lindo, que seja leve. Que seja só pra mim
Ah o vento que te embala, te acalma e exala
A beleza que és tua, quando corre nua pela sala
Ah se fosse verdade, não um sonho, seu amor
Seria uma dádiva viver em ti, afastando a dor.
Pois é pra mim o meu amor, e só assim única flor
Que nasce linda, que encanta, enfeita jardins
Vou cultivá-la, embala-la sem pudor - Pois que és minha e recebê-la com clarins!

Viagem

Vejo passar na janela a paisagem
E nela viajo nos meus pensamentos
Minha alegria pede passagem
A fim de esquecer os lamentos!

E mergulho no verde que está lá fora
Vai passando, com ele sem demora
Transformar o futuro no agora

E meu passeio não terá fim
Novos horizontes irei buscar
E a alegria, sentirei em mim
No coração; tristeza alguma ficar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Felicidade em mim

Ainda acredito que a felicidade exista. Pode ser que esteja triste, pode ser que escondida, mas está lá...quem sabe adormecida, quem sabe prestes a acordar. Mas é certo que está e dela vou me iluminar...Que a luz em mim seja a diferença pro mundo, pra todos e clareie a tristeza que agora se foi, não voltará.Aqui, minhas lágrimas como testemunha...Sou humano, às vezes fraco, às vezes forte...Sou o misto do que fazer e o não fazer pra viver em paz... Aprenderei este caminho mesmo que pelas pedras...Estas posso chutar ou me desviar.Sei que deste caminho não me perderei, e serei feliz custe o que custar...Estou emotivo, motivado a me levantar, erguer a cabeça...continuar seguindo....Posso cair, cambalear...mas vou resignado.Nada, nada poderá me desviar desta determinação. Meu coração, bate forte e me dá o compasso, pra onde olhar...E me faz enxergar somente a luz que procuro pra minha alma, toda a calma que o ser digno de Felicidade poderá suportar.Me tornei um fruto que pessoas espremem, ora querer sorver todo meu doce, outros a tirar o mais ácido de minha alma...Digo que de qualquer forma que meu suco tirarem, sempre sobrará meu sólido gosto de sobreviver, por mais que tentem me destruir, em mim restarão as sementes, que mesmo jogadas fora, em algum recanto delas nascerão outros frutos.E serei eterno enquanto forte se encontrar meu interior, a carcaça poderá se deteriorar, mudar de cor, ressecar, mas a minha essência, esta ninguém apaga...Ninguém poderá me deter. E digo com propriedade, pois sou a determinação da contrariedade, sou o acaso das adversidades, nada se fundamenta enquanto tiver vontade e a ânsia de ser o que sou e prezar pelo que poderei proporcionar aos que me cercam, reservando aos que amo toda a delícia e aos que me têm como desafeto, brilhar a olhos vistos ofuscando a ira a mim reservada.Sim, esta luta é minha, a batalha não perderei.Pode ser que me canse, pode ser que chore...Mas nunca deixarei de lutar.É pertinente para este momento que vivo. Já procurei cabisbaixo me esconder nas trevas, mas meus olhos vivos se acostumaram com a claridade da alegria e de cabeça erguida vejo melhor o horizonte e o sol que nasce e morre nele, sabendo que sempre voltará a nascer e a me iluminar, mesmo que muitos não o queiram.

sábado, 5 de novembro de 2011

Ela

Ela, que busco encontrar, de mãos dadas ficar
Ela, que não encontro nos recônditos mais escuros
Ela, que queria comigo - não está a me olhar
Ela, escalaria montanhas - por Ela - Derrubaria muros

Ela não vêm - Não a vejo - provoca meus medos
Ela não vai - ficar a me esperar - sofro e choro
Ela que foge pelos meus dedos
Por ela, longínquo  lugar - Fico e moro

Hei de olhar - Seus cabelos ao vento
A caminho dos meus passos
Vou sentir cada momento
Pois meu tormento - minhas angústias - farei escassos

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Alma

E meu rio transformou-se em lágrimas
 - Não correu pro mar - e sim pro meu coração!
E seguindo seu leito - Arrebentou no peito -
 e desaguou na minha alma!
Estava vazia - Elas molharam o nada -
 Pois do nada foi feito
E implorar o efeito - com que direito - Fez transbordar
Não secará - Pois seu leito agora inundado está
Há de se viver - Assim não tem jeito - Pois falta-lhe a calma
Mas exortará teu mal - Com o amor a buscar -
Nada da alma morrerá!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Não fui Eu

Não fui eu
Que olhou pros teus olhos
Não fui eu
Que se apaixonou pelas palavras
Não fui eu
Que disse: siga meu caminho
Não fui eu
Que perdeu - não achou - ficou sozinho
Não fui eu
Que chorou quando acenou adeus
Não fui eu
Que gritou não viverei
Não fui eu
Pois se a morte está aqui - morrerei
Não fui eu
Que escreveu - que não fui eu
Que nunca te amei!

Estranho Amor

Amor - estranho amor - Que machuca que dói e atormenta!
Pois que não posso tê-lo - Senão às escondidas - Na penumbra da noite!
És açoite na alma - Minha calma - Estar em ti me ilumina - Me afaga e alucina
Meu quereres és tu quem manda - Me inflamas - Faz do sonho - A realidade que emanas
Oh maldade do mundo - Não ir fundo - Deixar sozinho e  vazio - Meu ninho!
Venha a mim - sou teu pequenino - Te guardarei - Dos teus olhos não sairei
Pois sou Rei - Meu castelo - Aberto estás - Venha!
Não faz - machucar - Quem
Nasceu pra te amar!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Receita da Felicidade

Pra uma receita dar o que falar
Melhor usar o melhor dos ingredientes
Para que a felicidade seja suculenta
que todos queiram provar
Pitadas de alegria, que sempre sorria!
E no forno, fermento de sonho - que cresça - apareça
E do olhar - Ávido por absorver - Todo o ser contido
Na ânsia - Da gula por comer - sem perder de vista
Insista - Coloque sol - Pra vista clarear!
E o açúcar - representante doce - Se fosse - aumentar o gosto de abusar da vida!
Sentindo - Vivendo - sorrindo - Receita certa - Dádiva - Melhor se fartar - Pois
Se sobrar - Não dá - Começar de novo - Inventar
Sirva - Todas as doses - Em todas a mesas - Em todo momento - Se alimente - tente - Assim contente!

Pedido

Quando eu morrer - Se pudesse pediria assim;
Que na morte nascesse  em mim a certeza de viver
Pois o que passei não foi em vão - Foi pra um fim
E se da morte tirasse uma lição - seria de não morrer
E que morrer fosse pra mim nascer novamente
E fizesse lúdica a vida e que alegria fosse onipresente.

Mas se não se pode excluí-la - Melhor  persuadi-la
Que sua demora venha a calhar
Pois  esperar já ficou lá fora
Que o viver aqui se fique - Insista -  Pro fim nunca chegar.

Morte

Morte - O que é a morte?
Morte é falta de sorte - Falta de norte?
Morte que nos tira a vida - que nos lança em dívida!

A morte nos atormenta - De todos que ostenta
Vontade de viver plenamente - Não sente - Que és frívola repente.
Ela está aqui e no instante - Nos deixa ausente
Pois quem a viu - Não conta - Quem sentiu não mente!

Mas a morte por ser anunciada - Como a vida que nos é dada
Se não preservares a ânsia - Em qualquer instância
Poderá viver da morte eternamente!

Perder

E perder se fez assim contido
Pois perder não faz sentido
O contrário sempre é buscado
Mas a sensação da perda é dorida

Se escolher nos fosse dado
Melhor seria adquirir
Pois perder nos faz pesar o fardo
E nesta luta  - o mais difícil é sorrir

Com o riso fácil - Melhor enfrentar
A perda que sempre nos acha
Deixando sufocar - a voz a calar
E ela se instala - fenece - Nos baixa

Mas perder também enobrece
Que nos faz sentir - quando se esquece
Que não existe uma dor - motivo pra pedir uma prece!
E se não têm - Não dói - Não entristece.

E sigo

Meu caminho é longo - É cansativo - Mas prossigo
Minha jornada - Faço com vontade - Me entrego por inteiro
A busca infinita - Não se evita
Ser forte - Ter norte - Estar triste - Mas ter fé - A felicidade existe!
Me encontro arfante - às vezes errante - Mas sei que nunca distante;
E sigo - E é longe - Não se evita - Um norte - Ser forte -
A vida
O fim
O horizonte
Caminhos
Pra viver!!

Para sempre

O amor quando cresce no peito, não encontra barreiras
O amor que nos rodeia -  nos entorna e incendeia
Mas é difícil chegar perto - Decerto o sofrer se faz
Mas o coração de um jeito se dá - Faz gritar e gorjeia

O descompasso às vezes o deixa tonto
Ao olhar com olhos vivos o horizonte
Que busca com ardor estar  pronto
Pra quando chegar se passar por infante

E deste sonho não acordará triste
Pois é sabido de tudo que viste
Que ficou no "pra sempre", nunca partiste!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Busca da Felicidade

Por quê insiste a tristeza no meu caminho
Por mais que me adiante, seu destino é certo
Entre soluços e lágrimas me vejo com ela - e sozinho
Queria dissuadi-la, não tê-la mais perto

Mas a jornada é dura - busco a mais pura alegria
Vou me refazer na fortaleza do acreditar
Que enfrentar a fera, mais dor eu suportaria
Que da minha nau dos oceanos nunca a naufragar

E no canto dos que buscam a paz
Entoarei cânticos que anunciam
Que a tristeza perderá o rumo, não me encontrará mais
Que a Felicidade em meu ser estará, assim todos os anjos já previam!

sábado, 29 de outubro de 2011

Destino final

A tarde estava quente. Mal teve tempo de engolir o arroz com linguiça que costumeiramente pedia no armazém da nove de abril. Neste dia, um dia atípico mesmo numa cidade do interior,  e pior para aqueles que possuíssem míseros valores em poupança, o governo confiscara todos os direitos de saques bancários, o ano de 1990 entraria para a história da política brasileira; o dia em que a população saberia do que seria capaz um governo corrupto e mordaz. Feita sua refeição, retornou ao carro e contava com a sorte de um movimento bom, salvo todo o calor que sentia no interior do veículo, gostava do ofício. Nada poderia substituir o prazer do vento no rosto, poder tragar seu cigarro, e o fazia umas 30 vezes religiosamente. Sua cidade não possuía características de metrópole. Intensificava o movimento em dias úteis, seu ponto estratégico, próximo a rodoviária. De lá, aconchegado no seu banco com encosto típico de bolinhas de madeira, que certo "estudioso de ergonomia" lhe disse que faria bem à coluna. Não titubeou; adquiriu e ainda comentou que ficaria bem no carro, típico apetrecho de decoração, somado às fitas de santinho, inúmeros devotos de Nossa Senhora, presos ao espelho retrovisor. Não partia com o carro sem que se benzesse nelas, as fitas coloridas.Sentia-se protegido.Iniciou suas corridas, poderia enumerar alguns passageiros que lhe valessem a pena comentar. Alguns iam e vinham, sem contudo, que se notasse algo que lhe  chamasse a tenção. Naquele dia ensolarado, calor escaldante; Recebeu o último chamado da tarde, depois daquela corrida pretendia voltar pra casa, banhar-se e aproveitar o cair da noite, tomando "umazinha" - bem gelada na varanda da casa. O passageiro abriu a porta, usava chapéu, sentou-se , reparou o banco um pouco desalinhado - O carro não era novo - e ainda lhe faltavam algumas várias prestações no carnê para quitação. Pediu com voz baixa dirigir-se ao centro - tinha pressa no falar - Quase que balbuciando algumas palavras ininteligíveis. Mas o motorista não estava ali para questionar. Correu passar a marcha e tocou rápido rumo ao destino solicitado. De onde estava até o destino local, considerando o trânsito do horário; levaria uns 40 minutos.durante o trajeto sentiu a estranha sensação que o homem chorava, achou que estava enganado, o barulho persistiu, resolveu observar pelo espelho; não costumava fazer isso. Mas estava intrigado com a situação. Interagiu ao  perguntar se estava acontecendo alguma coisa. De antemão o homem disse, baixinho, que tudo estava bem e que ele estava um pouco resfriado, pediu para não se preocupar e continuar o trajeto. Cumprindo suas ordens continuou e observou, chegando ao local,  se tratar de uma casa de repouso. Nunca havia levado nenhum passageiro ali. E o fato de pegá-lo próximo à rodoviária o intrigou ainda mais. O que viria fazer numa casa assim - Quem estaria visitando.Parou, abriu a porta o moço desceu e apressadamente perguntou quanto teria ficado a corrida. Tão logo informado, o praça perguntou o horário para buscá-lo, e embora jovem o homem, disse-lhe ainda com voz baixa, não ser necessário. Ali estava sua morada e dali não sairia. O nobre motorista, assustado com a resposta recebeu a corrida e desejou-lhe boa sorte. Foi embora pensando como seria triste uma última corrida e o destino certo ser o derradeiro, sem volta. Acendeu um cigarro e acelerou mais ainda, quis a sensação de liberdade para afastar a ideia de clausura. Seguiu seu rumo. Amanhã teria outro dia para dar colorido à sua vida e não pensaria duas vezes para fazê-lo!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estranho

A porta se abriu, eu ainda de cabeça baixa só notei os sapatos puídos e desalinhados no chão. Detive-me a olhá-los sem contudo, indagar-me o que fazia ali. Ouvi uma voz dolente que me convidava a entrar. Meus olhos embaraçados não reconheceram de início aquela pessoa. Depois de instantes voltei a mim e deduzi que poderia ser meu pai. Estava mais velho, mais baixo talvez. Continue seguindo-o rumo ao corredor, este largo, diferente das lembranças que tinha da casa quando ainda menino. Muito solícito, me ofereceu um café, recusei prontamente. Não me recordava, perdido nos pensamentos, o motivo da visita, um retorno naquela casa. Tinha certeza que não poderia me deter muito tempo naquele ambiente.O senhor, pediu escusas e retirou-se da sala, caminhando até o corredor, sumindo no escuro das janelas fechadas.Continue sentado e observava ao meu redor o que havia modificado todos estes tempos, quando estive ausente.Absorto em minhas lembranças naquele momento, não notei que havia ficado muito tempo ali esperando o retorno de alguém, que não veio.Voltei para minhas lembranças e como num passe de mágica, vi correndo uma criança, me dei conta que era eu, correndo, pulando ora rindo, ora quieto. Buscava o fundo da casa, lá tínhamos uma frondosa árvore, onde, com olhos ávidos, na mais tenra curiosidade, sondávamos as montanhas. Elas, que perdíamos de vista, eram exuberantes e nos guiavam ao horizonte, onde imaginávamos todo um novo amanhecer.Ficávamos até o anoitecer, quando mamãe nos chamava para o banho e a refeição que era servida na mesa, guardada as devidas proporções da simplicidade, era de um requinte rebuscado.Não iniciávamos a ingestão dos alimentos, sem contudo, as orações que sempre entoavam bons modos das almas tementes a Deus.Minha viagem nas lembranças foi interrompida, quando me dei conta que já se passara horas ali sentado esperando. Levantei-me atônito e resolvi buscar o interior da casa, com a esperança de encontrar alguém. Me encaminhei ao corredor, ainda escuro, mostrava nuances dos quadros na parede. Algumas fotografias amareladas, outras de paisagens não muito estranhas para meu deleite. Muitas, porém, não eram da minha infância. Cheguei ao final do caminho escuro e percebi inúmeras portas.Não entrei.Alcancei o final do cômodo, mergulhei na luz e percebi que havia adormecido e no sofá ainda me encontrava deitado, olhando o ventilador girando, empoeirado no teto. Não tive forças, nem coragem de me levantar. Sentia ainda vívida a sensação de olhar aquele homem, que a saudade me trouxe.A casa, com ares de familiaridade  e nela a figura viva de meu pai que então, até o presente momento, não havia lembrado na minha existência como filho impregnado de remorsos, com o doloroso sentimento do tempo perdido e o passado inatingível.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O medo

Toda redundância seria comentá-lo
Pois que o tens no mais íntimo instante
Dissuadi-lo, sequer esquecê-lo
De igual para igual enfrentá-lo, não cair em desatino
Se esforçar, coragem de ser novamente menino!
A pretensão é que não doa - Pois que não sentido
Dormirás sereno e amanhecerá sorrindo!

O Poeta

Eis que me encontro sonhando
Embora não me sinta dormindo
Este ato a sentir tamanha estranheza
Igual beleza o acordar sorrindo!

Vou me inspirar, sonhar relendo Vinícius
Sei que o sabemos poeta
Que ponderava seus erros convictos
Que toda beleza, além de efêmera se faz esperta!

Ainda atento, contou a tristeza
E o fizera com o coração
Sem notar, dispensou a nobreza
Enalteceu veemente o perdão!

Forma de amar

Há de se consagrar a idílica forma de amar
Que este amor seja a busca das mãos, o encontro dos lábios
Que estes profiram  as palavras que embalem os corpos
Que flutuam entorpecidos nos pensamentos, vivam os momentos
E quando o dia insistir em chegar, o fechar dos olhos - nunca dantes
Proporcionará nuances jamais vistos entre os mais ardentes amantes !

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Máxima do amor

Neste momento, me deito e os olhos fecho
Coloco-me a sentir seus afagos, seus beijos -  o máximo
Como numa viagem sem fim, esse excelso do amar!

És a máxima supressão do acalento
Preservaste em mim seu sustento
Teu amor me alivia a dor, me dá a cor
O máximo do bem evocas do meu ser

Pra te ver assim evoco a máxima do amor
"Que seja eterno enquanto dure" - Não tenha fim
Que provoque suores, todo ardor, encrave em mim!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Saudade que dói

Se a saudade nos faz morrer um pouco todo dia,
Não existo mais, pois que em mim não há vida!
Saudade, tentei me esconder, não consegui, pereci

Tento inutilmente desviar meus pensamentos
Mas a saudade vem sorrateira, toma conta dos atos
Faz calar-me, oxigênio me falta - Fico sem os momentos
Esqueço-me das horas que juntos amamos, todo contentamento.

Juntos

Ah! se meus caminhos cruzassem os teus!
Se sua caminhada fosse ao meu encontro
Se teu olhar fosse em direção aos meus
Toda angústia da espera teria seu ponto.

Minha alma, que espera por ti
Se reveste de esperança ao cair da noite
Que na sua volta toda alegria eu vi

Estarei realizado, se dos meus braços nunca mais sair
E farei do nosso lar algo que não terás igual
E que dele sua paz nunca vai sair
E pra fora deixarei a tristeza e todo tipo de mal

Ficarás segura, mais pura, meu doce de mel
E do nosso leito, descerei um véu
E as noites não terão mais fim
Serei tua luz, estaremos juntos e você em mim!

sábado, 22 de outubro de 2011

Seu Infinito

Quero existir no seu infinito, pois se não morro - Grito!
A edificar a solidez de todo ardor- Desse nosso amor!
Buscar da flor - o colorido mais belo - Seu amor sincero.

Ah! amor, teu sorriso me ilumina!

Ah! amor, teu sorriso me ilumina!
Me faz sentir que vivo, e na vida és a representante
De toda alegria, o transrformar da elegia!

Venha, sorria comigo, faça todo o sentido
Do respirar, do estar aqui encantado
Me fazer elevado, ungido do seu amor!

Quero todo o calor, bebida alva do cálice
Que embriaga, afaga, afasta a dor
Ah! amor, teu sorriso me ilumina!
Sempre saberei, que estas aqui e que és meu Amor!

Sua ausência

Da janela te vejo passar, e com você a paisagem
Tudo nela se modifica quando não está
Meus olhos se enganam, seu vulto some,transforma-se em miragem
Eu grito, fique aqui, me abrace - Não vá!

Mas minha voz cede, desaba -  se cala
Não negues sua presença, teu perfume exala
Pois meu coração triste procura
Na paisagem infinita, sua doce figura.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Partimos

Quero deter meus pensamentos e senti-la aqui
Foi bom tudo que fizemos, onde a felicidade morava - sabíamos!
Desfizeram-se nossos caminhos, E assim separados - Partimos
Buscamos lugares, você sentiu, chorou - Sumiu

Estes caminhos percorremos juntos - Agora os passos separados
Nossos olhares, em outros horizontes - Buscavam o vazio d"alma
Sem a calma, sem o amor - Sentimo-nos ilhados
Pois que partimos e saberemos nunca mais amados!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cidade grande

Ah! cidade grande e suas ruas sem fim
Não me acostumo com sua claridade
Onde a noite o barulho assusta querubins
E descobrir-te inteira dá vontade!

Mas meu rumo é o possível comedido
Quer te olhar, ainda que cabisbaixo, faça o sentido
E ser um pássaro a voar buscando os lugares
Da maravilha intensa de todos seus ares

Meu coração, muitos vezes a bater
Intensamente na sua descoberta
Faz me esquecer da tristeza
A tornar-me cidadão desta sua alteza

domingo, 16 de outubro de 2011

Ser criança

Quero  ser menino, pequenina criança de novo
Cantar sem temer chateação, fazer pueril a canção
Brincar muito, nunca esperar um não

Ficar acordado, fingindo dormir
Esperar o beijo e não o sermão
Vou me deitar, dizer entre as palmas da mão
Que tudo que faço, o amor nunca rechaço e sempre a sentir

Que comigo vais, em todos os cais, horizontes a colorir
E na inocência que me basta, te digo - Pode vir
Que sou criança, e a esperança esta porvir!

Gestos de amar

Olhe para o branco do meu sorriso e viaje nos pensamentos à procura da minha fala, sussurrando no seu ouvido.

Que este momento não acabe e que o dia perca a noção da hora!

De amar você........a cada instante da vida que passa por nossas mãos

E juntos vamos embora, buscar laços, abraços que não se desate nem sequer os nós

Diante dos nossos olhos.....

que isso seja nosso segredo.......e que esse segredo seja nossa vida..e que nossa vida sejam nossos dias....e que nossos dias sejam nossa eternidade..........

A Felicidade

A Felicidade está comigo, não a deixo mais
Se existe o atraso dos nossos passos, puxo junto a mim
E dela não me desgrudo, e vou fundo até que não me reconheça

Se por vezes não a sinto, talvez eu seja ela própria
Ela, assim me sente tão sua, que juntos não somos dois
O caminhar na rua, às vezes na lua eu lhe pergunto
Quando me veio, sem receio de partir, que no porvir nem sente que dói

Não serei cruel nem egocêntrico, vou difundi-la
Que se desapegue, de momento, para que possa vê-la
Ao vento, nas pessoas e por dentro
Transformar a tristeza, o momento em delicadeza

Irradiar seu talento na imensidão da terra
Para que todos se esqueçam das brigas, das guerras
E que o abraçar, o amor seja o Lema, findar a morte das almas
Para que todos os homens tenham um só ato, o ofertar das palmas

A chuva

A chuva fina que cai transforma em enxurradas meus pensamentos
E do céu desce dolente, e sente que limpa toda a tristeza
Sei que vai dar no mar, como eu a lembrar de todos os momentos
Que vivi intensamente esperando você chegar, e os olhos a fitar toda sua beleza

Este aluvião vai me banhar, de todo regato fazer transbordar
E que as orações, para que venha, seja entoada de amor
Que toda cor venha exaltar, transformando o cinza, fazendo brilhar
Molhando as almas, límpida e calma transforme o sereno em ardor

Que escorra trazendo a boa nova
E põe a prova todo valor
Do desabrochar da flor, nascer do chão toda sorte do amor

A dor do amor

A dor do amor quando emprestada de alguém cai em nosso peito como um cristal que se despedaça, destruindo consigo o coração!

sábado, 15 de outubro de 2011

Mestres

O mestre e sua batuta, seu instrumento: as palavras
Cada gesto do conduzir as pequenas mãozinhas
E quando não se sabia a escrita, com dolência nas falas
Entoava, como numa canção, todas as letrinhas

E hoje  se escrevemos, se temos olhares encantadores
Foi por que aprendemos, que a rima das palavras falam
Devemos a eles, Orgulho das profissões, Queridos Professores
Por mais subjugados, nunca esmorecem, não calam

Que o dia em Homenagem seja a somatória
De todas as lembranças, cada instante do saber
Se deflagrem em Júbilos, muitas VITÓRIAS
E que SEMPRE a Profissão Lembrada, seja Encantada de VIVER!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Gentileza

Gentileza, palavra esquecida, tirada da rima
Seria o caminho pras coisas boas, risos à toa
Com ela, alegria, felicidades como matéria prima
E a vida, sabida, dividida e doada "numa boa"!

Gentileza, que se procura e às vezes não se encontra
Que num ato de desvario, faz discórdias ao deixa-la sair das mãos
Sua ausência transforma o sereno em afronta
Está para a felicidade como a terra está para os grãos

Que se faça hoje um uníssono clamor para a gentileza
Que esteja impregnada em nosso ser
Quando usada afasta tudo, os males e até a pobreza
E que não feneça, desfralde bandeiras, mostre seus poderes!

Meu Eu

Certo dia sonhei que não havia nascido. Que eu não era eu ainda. Que estava para analisar como seria minha vida quando Eu nascesse. Se poderia escolher o meu Eu da melhor forma possível. Comecei observando as pessoas que estariam ao meu redor. Fiz uma análise fria e calculista, me dei este privilégio para que não me sentisse muito emotivo na escolha. Um eu melhor  que pudesse entender as coisas que nem sempre dão certo, e regozijar-me do contrário.Querer ser mais humano, quando se faz necessário 24 horas do dia. Estender a mão quando se pode, e dizer adeus quando necessário. O meu Eu seria assim, conformado com o que não se pode mudar, inconformado quando se pode e muitos não fazem nada pra isso.Meu Eu direcionaria o olhar para o belo, para aquilo que muitos desprezam, a vida. Daria a ela toda a cor e encantamento que merece, pois nos foi ofertada. Agradeceria sempre que pudesse todo o conhecimento que adquirisse. E me dei conta que faria tudo isso agora, que já estava acordado e que meu sonho dormira em mim. Vou me lembrar de cada detalhe que havia enumerado, faria melhor e continuaria minha jornada até que voltasse a dormir novamente e do sonho um dia nunca mais sairia.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O começo se fez de olhar nos olhos

O começo se fez de olhar nos olhos
O encantamento nasceu no desenrolar das palavras
Você me viu por inteiro, eu vi sua alma desnuda

E o tempo passava  e você ainda mais demonstrava
Interesse no meu ser, meu espírito te ofereci, você o encarnava
E a cada toque das tuas mãos, irradiava luz e eu gostava
E o esplendor de dois corpos juntos começava

Seguimos, embora a distância fosse um hiato
Você me encontrava, tua palavra acariciava
E este amor, sincero e lindo é fato
E no desenrolar dos dias muito me amava

E se o sol nascesse deixando a noite pra trás
Íamos dormir sonhando algo a mais
E quando acordados, o sonho se refazia
E no oceano das nossas vidas, sempre haveria um cais.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O valor das coisas materiais é efêmero

O valor das coisas materiais é efêmero. Quando se observa como vis estes valores, damos conta que o melhor é ter a essência no coração. O conhecimento, este não têm preço e ninguém poderá nos arrancar. Já os valores materiais, estes perecerão a olhos vistos. Pode ficar ultrapassado e ninguém o verá com bons olhos o que já não mais é.Pois observe então sua vida, você a quer efêmera, com valores que passarão ou o contrário, transformará para que se eternize os momentos bons e a perdurar o que te faz bem, te faz sentir vivo.Reflita!

Que o amor me faça buscar o oceano

Que o amor me faça buscar o oceano
E na volta, encontrar nos teus braços o porto seguro
Que avistes o melhor desse amor
Que dele se alimente, invente formas de amar

O amor está aqui, está em mim, te ofereço
Que este amor lhe valide que tenha apreço

Só dele viverei, pois sei que és tudo
Tudo que posso, que tenho e venho
Senti-lo pra viver uma eternidade
E viver na verdade do seu olhar
Que vê assim seu escravo, eterno servo

"Quando a palavra nos fala"

Quando a palavra nos fala
Que o amor constrói, não dói
Devemos buscar sentir, amar

E se acontecer, ficar a sorrir
E dele plantar, regar para florir
E o amor ficará nos fará feliz
E só ele, só ele que diz
Que a tristeza estará por um triz

E dele vou sorver toda a luz
Que as janelas me darão
E as portas abertas do seu olhar
Far-me-á brilhar, me encantar
Sentir-me dono então
Das palavras que falam, que tocam seu coração

Aqueles anos que não se vivia

Aqueles anos que não se vivia
Tudo que queria, proibido era, não podia
O levante, na ponte, distante se sabia
A alegria gritante, calada não sorria

Era tempo bom, que gostava, sentia
Mas nas paredes, soldado, fardado se via
Vontade louca de gritar, não devia

Mas a liberdade, gritada, era mais forte
Buscava dizer, mover para outro norte
E se fazia fugidia, contente, se sabia
Sessenta e oito passaria, não mataria

Vontade, saudade daquele que partia
E sonhara acordado o retorno que fazia
O sorriso voltar nos lábios da menina
Cabelo ao vento dizendo, Oh! Maria

domingo, 9 de outubro de 2011

Caminhos

Que caminhos se apresentem a quem quer viajar!
Todos queremos muito a alegria do mundo aos pés
Todos podemos construir castelos pra morar
Mas para isso não podemos viver o revés.

Toda jornada se faz com trabalho árduo
Toda alegria é o cultivo da boa nova
Se quiseres viver, não fuja do fardo
Que toda sua astúcia se colocará à prova!

Se a certeza de vencer clamar em seus corações
Talvez a imensidão da vida grite dentro de ti
Em todos os ouvidos, o eco  se transformará em canções
E de longe, já combalido das tarefas, dirá: Pra isso que vivi!

Tristeza

Oh! Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!
Deixa-o vazio, arrogante – um nada
Pois que me atormenta, causa dores em mim!

Tão pequenino o meu ser e estás em mim
Que deixa pegadas, me marca, me açoita
E de longe, fugindo da ira eu vim
Mas mesmo não querendo sofrer nele pernoita.

Oh Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!

Subjugar-me, constrói em mim tanta dor
Que se pudesse gritaria, mas me calas
Do que me resta não  podes tirar – O amor

Ele ficará, deveras fadigado,
Lutará até o fim, pois que o amor –
Está em mim, e ele nunca será anulado.

Oh Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!



O amor

Ah o amor! Quero encontrá-lo
Faz-se sorrateiro, mas tropeças sem jeito nos corações fadigados.
Há de perdurar entre as nuances da beleza efêmera e o grotesco das palavras duras
Hei de me fartar em seu leito –
Onde edificarei muralhas para que habites -
 Sem rumo ou saída no meu peito!

Nunca um adeus

Cada dia que passa, penso nos dias que fiquei longe de ti.
Refletir meu engano. Que magoei, menti
Como voltar o tempo, trazer alento!

Passarão os anos, meu tempo acabou.
Não te ver será meu tormento
Pedaços deste coração, migalhas dele sobrou
Mas na lembrança, sentir de novo o momento

Que teus braços me enlaçavam, sua boca beijava
A alegria estava em mim, como luz clareando a escuridão
Só você sabia, quanto me valia seu amor, quanto Te amava

Mas não estás aqui pra ver o meu olhar
Que no infinito busco toda sorte que eu tinha
Que meus lábios, minhas mãos a clamar
Que és a mais bela -  só que não és minha!

Fechar os olhos, sentir o calor
Poder beijar, sentir perfume da flor
Pois que não estás, mas é meu amor!

Lapso do tempo

Lapso do tempo

Quando me dirijo ao encontro do seu olhar,
Dele me guio e observo todas as desventuras,
Toda a vida, em seu lapso de tempo me vêm a guardar,
De toda a angústia, da sua ausência, das agruras.

Guarda em ti meu amor toda a lembrança,
Das inúmeras alegrias que juntos passamos.
Pois que desta vida, somente a bonança,
Do nosso amor, que ao mundo cantamos.

Que não envelheça o tempo o nosso prazer
Pois o sopro do vento nos teus cabelos
Faz-me menino, jovem a viver
Nunca deixar pra depois teus apelos.

Quando meus olhos sua tez não mais alcançar
Estarei velhinho sempre a te dizer
Que meu amor não acaba. Sempre a transbordar
Se nesta vida não estiver Ele nunca irá morrer.

Infância

Infância                                                                                

Quanta lembrança do tempo de menino
Do vento nos cabelos de bicicleta vencendo o medo
Quando sorrir era contagiante e afastava o choro pequenino
Que não faltava brincadeiras, todo um fazer de conta, um brinquedo.

Cada chão que pisávamos, dele fazíamos dono e marcávamos território
Brincando muito, corre-corre, pega-ladrão, salva-latinha,
Quanto fôlego, quanta imaginação, tamanho repertório
Se mudassem os amigos, novos e felizes sempre mais vinha.

Quando o dia era inteiro e a noite não cabia
De tanto a brincar muitos se esqueciam
Que cada canto, brincadeira nova surgia
E que crescendo, na lembrança elas nunca morriam.

E se agora dela estou distante
Posso senti-la efervescente dentro de mim
Que meus pensamentos ainda errantes
Mas estou certo a que vim.

Constatação da vida

Todo dia quando refletimos porque estamos aqui, fica a vaga certeza de tudo o que passamos, nossos atos, ações, se para tudo obteremos respostas, se tudo será esclarecido.

Se analisarmos profundamente, de uma coisa teremos certeza:

Nada está completo, tudo está por terminar, inacabado.

Seremos aqueles que darão cabo de todas as ações, responsáveis por tudo que cativamos ou tudo que afastamos.

Cabe a nós fazermos uma obra de arte ou objeto sem valor.

O certo é que, o que se apresentar torto, muitas vezes poderá se arranjar  e tudo que tratarmos com carinho, a nós irá se reportar com devoção.

sábado, 8 de outubro de 2011

Coragem

Queria a clareza das ações, não esconder o medo, fingir ser um gigante, amedrontar a todo instante.
Romper a vastidão dos pensamentos ruins, ir pro mar, buscar outra praia até que que outro mundo se apresente.Vou pensar que não sente, que mesmo ausente, meu ser se cubra de ilusões, intenções de ser feliz, Aprendiz do caminhar, não ser errante, buscar o olhar nada infante da verdade nua e crua. Sem escudeiro, que não seria fiel, buscarei pelo caminho, que se apresente em atalhos, talvez o siga, ou quem sabe me cale a aguardar o vento que sopre indicando as vias, toda a folia do encantamento de saber seguir, faceiro com a alegria nos olhos, com a coragem latente e a fé que pese no pensamento.

O que não fiz

Da janela sinto a saudade à minha frente.
Saudade do que fui, de tudo que pude fazer e do que não fiz no lapso do tempo. Agora não posso mudar nada  que passou. Resta sorrir ou chorar, sem disfarçar a angústia, a tristeza nos olhos de ver o passado como inimigo ou o mais difícil amigo na solidão. Aquele amigo que ouve, mas não pode mudar o rumo das coisas. Cada passo que dei, cada palavra que disse, o vento a levou, se ficou ou partiu não há mais tempo a lamentar. Vou continuar na janela sentindo o toque sutil da saudade, cada vez mais íntima, cada vez mais próxima, uma adaga no meu peito. Não posso fugir, mas sei que se quiser o futuro, este deverei aproveitar e dele me regozijar. Cabe somente a análise:  será fortuito ou uma lástima a ser digerida.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Procurar


Quero encontrar um amor que me doa
Um amor assim que me faça  feliz, que me diz
Que sou único, que compartilharás para sempre
E que seria infinitamente sólida, a muralha da paixão

E nada o abalaria, nem angústias lhe caberiam
A exaltação da beleza, nos seus olhos permaneceria
E que do sonho não acordaria sequer pra respirar

Mas a realidade é crua, não encontro
Por mais que procure, ele não vem
Que grites para alcançá-lo, não estarás a ouvir

Vou fitar ao longe a possibilidade
De te encarar vindo ao meu encontro
Se chegares permanecerá nos meus braços
Dos meus beijos te darei o alimento
Do seu sorriso meu contentamento
E todo frescor da minha paixão exortará
O momento triste que estavas a viver 

Oração


Daí-me Senhor, o rumo certo pro meu caminho
Que suas pedras sejam fáceis de transpor
Que meu horizonte seja visível, plausível
Que meu trôpego caminhar se faça lento
E que a minha certeza em vencer seja rápida
Que eu possa discernir quando disser:  sim ou não.
Que meus atos sejam para extinguir todos os malefícios
Que junto a mim esteja Sempre e sempre a me guardar.
Que eu possa dar mais do que receber
Que minha generosidade seja latente
Que intrigas não batam à minha porta
Que toda esperança não esteja de toda morta
Que eu cubra a dor, descubra a doçura das palavras.
Que não me calem no momento de proferir as palavras.
Que eu possa ser ouvido sem que precise gritar
Que minha oração se propague e chegue aos mais pequeninos, os necessitados de ajuda.
Amém!



O cão


O cão, seu dono não lhe quer.
E ele, fiel inconsolado, lhe convém a servidão. Mantém-se prostrado no chão a fitar o que a mão poderá lhe estender. Não caberia a desfaçatez de entender a maldade que lhe é imposta, cuja única forma de abatê-lo é justamente não lhe estender as mãos. O dono, esse que o espreita alto majestoso, sabendo-se superior, ledo engano, pois que não o é e de longe poderá chegar a ser. E o mamífero acreditando haver uma recíproca na gratidão do seu amor oferecido, aguarda ao lado, muitas vezes subjugado, a hora que poderá manifestar-se brandindo seu latido com a intenção de demonstrar satisfação por se encontrar presente junto ao incauto que se diz proprietário. E o dia a dia passa, e nunca se desfaz suas juras eternas de gratidão, Ah se pudesse dizer, que não têm limites o amor que oferta e senão o alimento que lhe é concedido poderia viver só do encontro do olhar e a ânsia de agradar, correndo, latindo sentindo-se útil, cujo dono sempre a gritar ... Sai cachorro... Sai daqui...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lágrimas


Quedo minhas lágrimas pensando em ti
Que a mim deixaste sem razão sequer
Fiquei amargurado, a tristeza de mim ri

Direito de sonhar não mais tenho
Seu olhar, seu corpo nu pra dizer-te mulher!
E assim, meus ares, meu brilho se apaga
Esqueço-me de viver - minha alma vaga.

Foi como a brisa da tarde que se desfez
Toda ternura da sua voz que foi embora
Que ao beijar-te, me deixou um talvez
Pois meu coração, machucado diz, não demora

Esperarei como uma prece da chuva a chegar
Toda terra seca exaurida que chora
Muitas alegrias, vontades a pregar
Que o desejo é grande e a esperança ainda mora.