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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Busca da Felicidade

Por quê insiste a tristeza no meu caminho
Por mais que me adiante, seu destino é certo
Entre soluços e lágrimas me vejo com ela - e sozinho
Queria dissuadi-la, não tê-la mais perto

Mas a jornada é dura - busco a mais pura alegria
Vou me refazer na fortaleza do acreditar
Que enfrentar a fera, mais dor eu suportaria
Que da minha nau dos oceanos nunca a naufragar

E no canto dos que buscam a paz
Entoarei cânticos que anunciam
Que a tristeza perderá o rumo, não me encontrará mais
Que a Felicidade em meu ser estará, assim todos os anjos já previam!

sábado, 29 de outubro de 2011

Destino final

A tarde estava quente. Mal teve tempo de engolir o arroz com linguiça que costumeiramente pedia no armazém da nove de abril. Neste dia, um dia atípico mesmo numa cidade do interior,  e pior para aqueles que possuíssem míseros valores em poupança, o governo confiscara todos os direitos de saques bancários, o ano de 1990 entraria para a história da política brasileira; o dia em que a população saberia do que seria capaz um governo corrupto e mordaz. Feita sua refeição, retornou ao carro e contava com a sorte de um movimento bom, salvo todo o calor que sentia no interior do veículo, gostava do ofício. Nada poderia substituir o prazer do vento no rosto, poder tragar seu cigarro, e o fazia umas 30 vezes religiosamente. Sua cidade não possuía características de metrópole. Intensificava o movimento em dias úteis, seu ponto estratégico, próximo a rodoviária. De lá, aconchegado no seu banco com encosto típico de bolinhas de madeira, que certo "estudioso de ergonomia" lhe disse que faria bem à coluna. Não titubeou; adquiriu e ainda comentou que ficaria bem no carro, típico apetrecho de decoração, somado às fitas de santinho, inúmeros devotos de Nossa Senhora, presos ao espelho retrovisor. Não partia com o carro sem que se benzesse nelas, as fitas coloridas.Sentia-se protegido.Iniciou suas corridas, poderia enumerar alguns passageiros que lhe valessem a pena comentar. Alguns iam e vinham, sem contudo, que se notasse algo que lhe  chamasse a tenção. Naquele dia ensolarado, calor escaldante; Recebeu o último chamado da tarde, depois daquela corrida pretendia voltar pra casa, banhar-se e aproveitar o cair da noite, tomando "umazinha" - bem gelada na varanda da casa. O passageiro abriu a porta, usava chapéu, sentou-se , reparou o banco um pouco desalinhado - O carro não era novo - e ainda lhe faltavam algumas várias prestações no carnê para quitação. Pediu com voz baixa dirigir-se ao centro - tinha pressa no falar - Quase que balbuciando algumas palavras ininteligíveis. Mas o motorista não estava ali para questionar. Correu passar a marcha e tocou rápido rumo ao destino solicitado. De onde estava até o destino local, considerando o trânsito do horário; levaria uns 40 minutos.durante o trajeto sentiu a estranha sensação que o homem chorava, achou que estava enganado, o barulho persistiu, resolveu observar pelo espelho; não costumava fazer isso. Mas estava intrigado com a situação. Interagiu ao  perguntar se estava acontecendo alguma coisa. De antemão o homem disse, baixinho, que tudo estava bem e que ele estava um pouco resfriado, pediu para não se preocupar e continuar o trajeto. Cumprindo suas ordens continuou e observou, chegando ao local,  se tratar de uma casa de repouso. Nunca havia levado nenhum passageiro ali. E o fato de pegá-lo próximo à rodoviária o intrigou ainda mais. O que viria fazer numa casa assim - Quem estaria visitando.Parou, abriu a porta o moço desceu e apressadamente perguntou quanto teria ficado a corrida. Tão logo informado, o praça perguntou o horário para buscá-lo, e embora jovem o homem, disse-lhe ainda com voz baixa, não ser necessário. Ali estava sua morada e dali não sairia. O nobre motorista, assustado com a resposta recebeu a corrida e desejou-lhe boa sorte. Foi embora pensando como seria triste uma última corrida e o destino certo ser o derradeiro, sem volta. Acendeu um cigarro e acelerou mais ainda, quis a sensação de liberdade para afastar a ideia de clausura. Seguiu seu rumo. Amanhã teria outro dia para dar colorido à sua vida e não pensaria duas vezes para fazê-lo!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estranho

A porta se abriu, eu ainda de cabeça baixa só notei os sapatos puídos e desalinhados no chão. Detive-me a olhá-los sem contudo, indagar-me o que fazia ali. Ouvi uma voz dolente que me convidava a entrar. Meus olhos embaraçados não reconheceram de início aquela pessoa. Depois de instantes voltei a mim e deduzi que poderia ser meu pai. Estava mais velho, mais baixo talvez. Continue seguindo-o rumo ao corredor, este largo, diferente das lembranças que tinha da casa quando ainda menino. Muito solícito, me ofereceu um café, recusei prontamente. Não me recordava, perdido nos pensamentos, o motivo da visita, um retorno naquela casa. Tinha certeza que não poderia me deter muito tempo naquele ambiente.O senhor, pediu escusas e retirou-se da sala, caminhando até o corredor, sumindo no escuro das janelas fechadas.Continue sentado e observava ao meu redor o que havia modificado todos estes tempos, quando estive ausente.Absorto em minhas lembranças naquele momento, não notei que havia ficado muito tempo ali esperando o retorno de alguém, que não veio.Voltei para minhas lembranças e como num passe de mágica, vi correndo uma criança, me dei conta que era eu, correndo, pulando ora rindo, ora quieto. Buscava o fundo da casa, lá tínhamos uma frondosa árvore, onde, com olhos ávidos, na mais tenra curiosidade, sondávamos as montanhas. Elas, que perdíamos de vista, eram exuberantes e nos guiavam ao horizonte, onde imaginávamos todo um novo amanhecer.Ficávamos até o anoitecer, quando mamãe nos chamava para o banho e a refeição que era servida na mesa, guardada as devidas proporções da simplicidade, era de um requinte rebuscado.Não iniciávamos a ingestão dos alimentos, sem contudo, as orações que sempre entoavam bons modos das almas tementes a Deus.Minha viagem nas lembranças foi interrompida, quando me dei conta que já se passara horas ali sentado esperando. Levantei-me atônito e resolvi buscar o interior da casa, com a esperança de encontrar alguém. Me encaminhei ao corredor, ainda escuro, mostrava nuances dos quadros na parede. Algumas fotografias amareladas, outras de paisagens não muito estranhas para meu deleite. Muitas, porém, não eram da minha infância. Cheguei ao final do caminho escuro e percebi inúmeras portas.Não entrei.Alcancei o final do cômodo, mergulhei na luz e percebi que havia adormecido e no sofá ainda me encontrava deitado, olhando o ventilador girando, empoeirado no teto. Não tive forças, nem coragem de me levantar. Sentia ainda vívida a sensação de olhar aquele homem, que a saudade me trouxe.A casa, com ares de familiaridade  e nela a figura viva de meu pai que então, até o presente momento, não havia lembrado na minha existência como filho impregnado de remorsos, com o doloroso sentimento do tempo perdido e o passado inatingível.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O medo

Toda redundância seria comentá-lo
Pois que o tens no mais íntimo instante
Dissuadi-lo, sequer esquecê-lo
De igual para igual enfrentá-lo, não cair em desatino
Se esforçar, coragem de ser novamente menino!
A pretensão é que não doa - Pois que não sentido
Dormirás sereno e amanhecerá sorrindo!

O Poeta

Eis que me encontro sonhando
Embora não me sinta dormindo
Este ato a sentir tamanha estranheza
Igual beleza o acordar sorrindo!

Vou me inspirar, sonhar relendo Vinícius
Sei que o sabemos poeta
Que ponderava seus erros convictos
Que toda beleza, além de efêmera se faz esperta!

Ainda atento, contou a tristeza
E o fizera com o coração
Sem notar, dispensou a nobreza
Enalteceu veemente o perdão!

Forma de amar

Há de se consagrar a idílica forma de amar
Que este amor seja a busca das mãos, o encontro dos lábios
Que estes profiram  as palavras que embalem os corpos
Que flutuam entorpecidos nos pensamentos, vivam os momentos
E quando o dia insistir em chegar, o fechar dos olhos - nunca dantes
Proporcionará nuances jamais vistos entre os mais ardentes amantes !

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Máxima do amor

Neste momento, me deito e os olhos fecho
Coloco-me a sentir seus afagos, seus beijos -  o máximo
Como numa viagem sem fim, esse excelso do amar!

És a máxima supressão do acalento
Preservaste em mim seu sustento
Teu amor me alivia a dor, me dá a cor
O máximo do bem evocas do meu ser

Pra te ver assim evoco a máxima do amor
"Que seja eterno enquanto dure" - Não tenha fim
Que provoque suores, todo ardor, encrave em mim!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Saudade que dói

Se a saudade nos faz morrer um pouco todo dia,
Não existo mais, pois que em mim não há vida!
Saudade, tentei me esconder, não consegui, pereci

Tento inutilmente desviar meus pensamentos
Mas a saudade vem sorrateira, toma conta dos atos
Faz calar-me, oxigênio me falta - Fico sem os momentos
Esqueço-me das horas que juntos amamos, todo contentamento.

Juntos

Ah! se meus caminhos cruzassem os teus!
Se sua caminhada fosse ao meu encontro
Se teu olhar fosse em direção aos meus
Toda angústia da espera teria seu ponto.

Minha alma, que espera por ti
Se reveste de esperança ao cair da noite
Que na sua volta toda alegria eu vi

Estarei realizado, se dos meus braços nunca mais sair
E farei do nosso lar algo que não terás igual
E que dele sua paz nunca vai sair
E pra fora deixarei a tristeza e todo tipo de mal

Ficarás segura, mais pura, meu doce de mel
E do nosso leito, descerei um véu
E as noites não terão mais fim
Serei tua luz, estaremos juntos e você em mim!

sábado, 22 de outubro de 2011

Seu Infinito

Quero existir no seu infinito, pois se não morro - Grito!
A edificar a solidez de todo ardor- Desse nosso amor!
Buscar da flor - o colorido mais belo - Seu amor sincero.

Ah! amor, teu sorriso me ilumina!

Ah! amor, teu sorriso me ilumina!
Me faz sentir que vivo, e na vida és a representante
De toda alegria, o transrformar da elegia!

Venha, sorria comigo, faça todo o sentido
Do respirar, do estar aqui encantado
Me fazer elevado, ungido do seu amor!

Quero todo o calor, bebida alva do cálice
Que embriaga, afaga, afasta a dor
Ah! amor, teu sorriso me ilumina!
Sempre saberei, que estas aqui e que és meu Amor!

Sua ausência

Da janela te vejo passar, e com você a paisagem
Tudo nela se modifica quando não está
Meus olhos se enganam, seu vulto some,transforma-se em miragem
Eu grito, fique aqui, me abrace - Não vá!

Mas minha voz cede, desaba -  se cala
Não negues sua presença, teu perfume exala
Pois meu coração triste procura
Na paisagem infinita, sua doce figura.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Partimos

Quero deter meus pensamentos e senti-la aqui
Foi bom tudo que fizemos, onde a felicidade morava - sabíamos!
Desfizeram-se nossos caminhos, E assim separados - Partimos
Buscamos lugares, você sentiu, chorou - Sumiu

Estes caminhos percorremos juntos - Agora os passos separados
Nossos olhares, em outros horizontes - Buscavam o vazio d"alma
Sem a calma, sem o amor - Sentimo-nos ilhados
Pois que partimos e saberemos nunca mais amados!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cidade grande

Ah! cidade grande e suas ruas sem fim
Não me acostumo com sua claridade
Onde a noite o barulho assusta querubins
E descobrir-te inteira dá vontade!

Mas meu rumo é o possível comedido
Quer te olhar, ainda que cabisbaixo, faça o sentido
E ser um pássaro a voar buscando os lugares
Da maravilha intensa de todos seus ares

Meu coração, muitos vezes a bater
Intensamente na sua descoberta
Faz me esquecer da tristeza
A tornar-me cidadão desta sua alteza

domingo, 16 de outubro de 2011

Ser criança

Quero  ser menino, pequenina criança de novo
Cantar sem temer chateação, fazer pueril a canção
Brincar muito, nunca esperar um não

Ficar acordado, fingindo dormir
Esperar o beijo e não o sermão
Vou me deitar, dizer entre as palmas da mão
Que tudo que faço, o amor nunca rechaço e sempre a sentir

Que comigo vais, em todos os cais, horizontes a colorir
E na inocência que me basta, te digo - Pode vir
Que sou criança, e a esperança esta porvir!

Gestos de amar

Olhe para o branco do meu sorriso e viaje nos pensamentos à procura da minha fala, sussurrando no seu ouvido.

Que este momento não acabe e que o dia perca a noção da hora!

De amar você........a cada instante da vida que passa por nossas mãos

E juntos vamos embora, buscar laços, abraços que não se desate nem sequer os nós

Diante dos nossos olhos.....

que isso seja nosso segredo.......e que esse segredo seja nossa vida..e que nossa vida sejam nossos dias....e que nossos dias sejam nossa eternidade..........

A Felicidade

A Felicidade está comigo, não a deixo mais
Se existe o atraso dos nossos passos, puxo junto a mim
E dela não me desgrudo, e vou fundo até que não me reconheça

Se por vezes não a sinto, talvez eu seja ela própria
Ela, assim me sente tão sua, que juntos não somos dois
O caminhar na rua, às vezes na lua eu lhe pergunto
Quando me veio, sem receio de partir, que no porvir nem sente que dói

Não serei cruel nem egocêntrico, vou difundi-la
Que se desapegue, de momento, para que possa vê-la
Ao vento, nas pessoas e por dentro
Transformar a tristeza, o momento em delicadeza

Irradiar seu talento na imensidão da terra
Para que todos se esqueçam das brigas, das guerras
E que o abraçar, o amor seja o Lema, findar a morte das almas
Para que todos os homens tenham um só ato, o ofertar das palmas

A chuva

A chuva fina que cai transforma em enxurradas meus pensamentos
E do céu desce dolente, e sente que limpa toda a tristeza
Sei que vai dar no mar, como eu a lembrar de todos os momentos
Que vivi intensamente esperando você chegar, e os olhos a fitar toda sua beleza

Este aluvião vai me banhar, de todo regato fazer transbordar
E que as orações, para que venha, seja entoada de amor
Que toda cor venha exaltar, transformando o cinza, fazendo brilhar
Molhando as almas, límpida e calma transforme o sereno em ardor

Que escorra trazendo a boa nova
E põe a prova todo valor
Do desabrochar da flor, nascer do chão toda sorte do amor

A dor do amor

A dor do amor quando emprestada de alguém cai em nosso peito como um cristal que se despedaça, destruindo consigo o coração!

sábado, 15 de outubro de 2011

Mestres

O mestre e sua batuta, seu instrumento: as palavras
Cada gesto do conduzir as pequenas mãozinhas
E quando não se sabia a escrita, com dolência nas falas
Entoava, como numa canção, todas as letrinhas

E hoje  se escrevemos, se temos olhares encantadores
Foi por que aprendemos, que a rima das palavras falam
Devemos a eles, Orgulho das profissões, Queridos Professores
Por mais subjugados, nunca esmorecem, não calam

Que o dia em Homenagem seja a somatória
De todas as lembranças, cada instante do saber
Se deflagrem em Júbilos, muitas VITÓRIAS
E que SEMPRE a Profissão Lembrada, seja Encantada de VIVER!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Gentileza

Gentileza, palavra esquecida, tirada da rima
Seria o caminho pras coisas boas, risos à toa
Com ela, alegria, felicidades como matéria prima
E a vida, sabida, dividida e doada "numa boa"!

Gentileza, que se procura e às vezes não se encontra
Que num ato de desvario, faz discórdias ao deixa-la sair das mãos
Sua ausência transforma o sereno em afronta
Está para a felicidade como a terra está para os grãos

Que se faça hoje um uníssono clamor para a gentileza
Que esteja impregnada em nosso ser
Quando usada afasta tudo, os males e até a pobreza
E que não feneça, desfralde bandeiras, mostre seus poderes!

Meu Eu

Certo dia sonhei que não havia nascido. Que eu não era eu ainda. Que estava para analisar como seria minha vida quando Eu nascesse. Se poderia escolher o meu Eu da melhor forma possível. Comecei observando as pessoas que estariam ao meu redor. Fiz uma análise fria e calculista, me dei este privilégio para que não me sentisse muito emotivo na escolha. Um eu melhor  que pudesse entender as coisas que nem sempre dão certo, e regozijar-me do contrário.Querer ser mais humano, quando se faz necessário 24 horas do dia. Estender a mão quando se pode, e dizer adeus quando necessário. O meu Eu seria assim, conformado com o que não se pode mudar, inconformado quando se pode e muitos não fazem nada pra isso.Meu Eu direcionaria o olhar para o belo, para aquilo que muitos desprezam, a vida. Daria a ela toda a cor e encantamento que merece, pois nos foi ofertada. Agradeceria sempre que pudesse todo o conhecimento que adquirisse. E me dei conta que faria tudo isso agora, que já estava acordado e que meu sonho dormira em mim. Vou me lembrar de cada detalhe que havia enumerado, faria melhor e continuaria minha jornada até que voltasse a dormir novamente e do sonho um dia nunca mais sairia.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O começo se fez de olhar nos olhos

O começo se fez de olhar nos olhos
O encantamento nasceu no desenrolar das palavras
Você me viu por inteiro, eu vi sua alma desnuda

E o tempo passava  e você ainda mais demonstrava
Interesse no meu ser, meu espírito te ofereci, você o encarnava
E a cada toque das tuas mãos, irradiava luz e eu gostava
E o esplendor de dois corpos juntos começava

Seguimos, embora a distância fosse um hiato
Você me encontrava, tua palavra acariciava
E este amor, sincero e lindo é fato
E no desenrolar dos dias muito me amava

E se o sol nascesse deixando a noite pra trás
Íamos dormir sonhando algo a mais
E quando acordados, o sonho se refazia
E no oceano das nossas vidas, sempre haveria um cais.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O valor das coisas materiais é efêmero

O valor das coisas materiais é efêmero. Quando se observa como vis estes valores, damos conta que o melhor é ter a essência no coração. O conhecimento, este não têm preço e ninguém poderá nos arrancar. Já os valores materiais, estes perecerão a olhos vistos. Pode ficar ultrapassado e ninguém o verá com bons olhos o que já não mais é.Pois observe então sua vida, você a quer efêmera, com valores que passarão ou o contrário, transformará para que se eternize os momentos bons e a perdurar o que te faz bem, te faz sentir vivo.Reflita!

Que o amor me faça buscar o oceano

Que o amor me faça buscar o oceano
E na volta, encontrar nos teus braços o porto seguro
Que avistes o melhor desse amor
Que dele se alimente, invente formas de amar

O amor está aqui, está em mim, te ofereço
Que este amor lhe valide que tenha apreço

Só dele viverei, pois sei que és tudo
Tudo que posso, que tenho e venho
Senti-lo pra viver uma eternidade
E viver na verdade do seu olhar
Que vê assim seu escravo, eterno servo

"Quando a palavra nos fala"

Quando a palavra nos fala
Que o amor constrói, não dói
Devemos buscar sentir, amar

E se acontecer, ficar a sorrir
E dele plantar, regar para florir
E o amor ficará nos fará feliz
E só ele, só ele que diz
Que a tristeza estará por um triz

E dele vou sorver toda a luz
Que as janelas me darão
E as portas abertas do seu olhar
Far-me-á brilhar, me encantar
Sentir-me dono então
Das palavras que falam, que tocam seu coração

Aqueles anos que não se vivia

Aqueles anos que não se vivia
Tudo que queria, proibido era, não podia
O levante, na ponte, distante se sabia
A alegria gritante, calada não sorria

Era tempo bom, que gostava, sentia
Mas nas paredes, soldado, fardado se via
Vontade louca de gritar, não devia

Mas a liberdade, gritada, era mais forte
Buscava dizer, mover para outro norte
E se fazia fugidia, contente, se sabia
Sessenta e oito passaria, não mataria

Vontade, saudade daquele que partia
E sonhara acordado o retorno que fazia
O sorriso voltar nos lábios da menina
Cabelo ao vento dizendo, Oh! Maria

domingo, 9 de outubro de 2011

Caminhos

Que caminhos se apresentem a quem quer viajar!
Todos queremos muito a alegria do mundo aos pés
Todos podemos construir castelos pra morar
Mas para isso não podemos viver o revés.

Toda jornada se faz com trabalho árduo
Toda alegria é o cultivo da boa nova
Se quiseres viver, não fuja do fardo
Que toda sua astúcia se colocará à prova!

Se a certeza de vencer clamar em seus corações
Talvez a imensidão da vida grite dentro de ti
Em todos os ouvidos, o eco  se transformará em canções
E de longe, já combalido das tarefas, dirá: Pra isso que vivi!

Tristeza

Oh! Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!
Deixa-o vazio, arrogante – um nada
Pois que me atormenta, causa dores em mim!

Tão pequenino o meu ser e estás em mim
Que deixa pegadas, me marca, me açoita
E de longe, fugindo da ira eu vim
Mas mesmo não querendo sofrer nele pernoita.

Oh Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!

Subjugar-me, constrói em mim tanta dor
Que se pudesse gritaria, mas me calas
Do que me resta não  podes tirar – O amor

Ele ficará, deveras fadigado,
Lutará até o fim, pois que o amor –
Está em mim, e ele nunca será anulado.

Oh Tristeza que insiste em sua morada
Fez do meu coração seu leito enfim!



O amor

Ah o amor! Quero encontrá-lo
Faz-se sorrateiro, mas tropeças sem jeito nos corações fadigados.
Há de perdurar entre as nuances da beleza efêmera e o grotesco das palavras duras
Hei de me fartar em seu leito –
Onde edificarei muralhas para que habites -
 Sem rumo ou saída no meu peito!

Nunca um adeus

Cada dia que passa, penso nos dias que fiquei longe de ti.
Refletir meu engano. Que magoei, menti
Como voltar o tempo, trazer alento!

Passarão os anos, meu tempo acabou.
Não te ver será meu tormento
Pedaços deste coração, migalhas dele sobrou
Mas na lembrança, sentir de novo o momento

Que teus braços me enlaçavam, sua boca beijava
A alegria estava em mim, como luz clareando a escuridão
Só você sabia, quanto me valia seu amor, quanto Te amava

Mas não estás aqui pra ver o meu olhar
Que no infinito busco toda sorte que eu tinha
Que meus lábios, minhas mãos a clamar
Que és a mais bela -  só que não és minha!

Fechar os olhos, sentir o calor
Poder beijar, sentir perfume da flor
Pois que não estás, mas é meu amor!

Lapso do tempo

Lapso do tempo

Quando me dirijo ao encontro do seu olhar,
Dele me guio e observo todas as desventuras,
Toda a vida, em seu lapso de tempo me vêm a guardar,
De toda a angústia, da sua ausência, das agruras.

Guarda em ti meu amor toda a lembrança,
Das inúmeras alegrias que juntos passamos.
Pois que desta vida, somente a bonança,
Do nosso amor, que ao mundo cantamos.

Que não envelheça o tempo o nosso prazer
Pois o sopro do vento nos teus cabelos
Faz-me menino, jovem a viver
Nunca deixar pra depois teus apelos.

Quando meus olhos sua tez não mais alcançar
Estarei velhinho sempre a te dizer
Que meu amor não acaba. Sempre a transbordar
Se nesta vida não estiver Ele nunca irá morrer.

Infância

Infância                                                                                

Quanta lembrança do tempo de menino
Do vento nos cabelos de bicicleta vencendo o medo
Quando sorrir era contagiante e afastava o choro pequenino
Que não faltava brincadeiras, todo um fazer de conta, um brinquedo.

Cada chão que pisávamos, dele fazíamos dono e marcávamos território
Brincando muito, corre-corre, pega-ladrão, salva-latinha,
Quanto fôlego, quanta imaginação, tamanho repertório
Se mudassem os amigos, novos e felizes sempre mais vinha.

Quando o dia era inteiro e a noite não cabia
De tanto a brincar muitos se esqueciam
Que cada canto, brincadeira nova surgia
E que crescendo, na lembrança elas nunca morriam.

E se agora dela estou distante
Posso senti-la efervescente dentro de mim
Que meus pensamentos ainda errantes
Mas estou certo a que vim.

Constatação da vida

Todo dia quando refletimos porque estamos aqui, fica a vaga certeza de tudo o que passamos, nossos atos, ações, se para tudo obteremos respostas, se tudo será esclarecido.

Se analisarmos profundamente, de uma coisa teremos certeza:

Nada está completo, tudo está por terminar, inacabado.

Seremos aqueles que darão cabo de todas as ações, responsáveis por tudo que cativamos ou tudo que afastamos.

Cabe a nós fazermos uma obra de arte ou objeto sem valor.

O certo é que, o que se apresentar torto, muitas vezes poderá se arranjar  e tudo que tratarmos com carinho, a nós irá se reportar com devoção.

sábado, 8 de outubro de 2011

Coragem

Queria a clareza das ações, não esconder o medo, fingir ser um gigante, amedrontar a todo instante.
Romper a vastidão dos pensamentos ruins, ir pro mar, buscar outra praia até que que outro mundo se apresente.Vou pensar que não sente, que mesmo ausente, meu ser se cubra de ilusões, intenções de ser feliz, Aprendiz do caminhar, não ser errante, buscar o olhar nada infante da verdade nua e crua. Sem escudeiro, que não seria fiel, buscarei pelo caminho, que se apresente em atalhos, talvez o siga, ou quem sabe me cale a aguardar o vento que sopre indicando as vias, toda a folia do encantamento de saber seguir, faceiro com a alegria nos olhos, com a coragem latente e a fé que pese no pensamento.

O que não fiz

Da janela sinto a saudade à minha frente.
Saudade do que fui, de tudo que pude fazer e do que não fiz no lapso do tempo. Agora não posso mudar nada  que passou. Resta sorrir ou chorar, sem disfarçar a angústia, a tristeza nos olhos de ver o passado como inimigo ou o mais difícil amigo na solidão. Aquele amigo que ouve, mas não pode mudar o rumo das coisas. Cada passo que dei, cada palavra que disse, o vento a levou, se ficou ou partiu não há mais tempo a lamentar. Vou continuar na janela sentindo o toque sutil da saudade, cada vez mais íntima, cada vez mais próxima, uma adaga no meu peito. Não posso fugir, mas sei que se quiser o futuro, este deverei aproveitar e dele me regozijar. Cabe somente a análise:  será fortuito ou uma lástima a ser digerida.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Procurar


Quero encontrar um amor que me doa
Um amor assim que me faça  feliz, que me diz
Que sou único, que compartilharás para sempre
E que seria infinitamente sólida, a muralha da paixão

E nada o abalaria, nem angústias lhe caberiam
A exaltação da beleza, nos seus olhos permaneceria
E que do sonho não acordaria sequer pra respirar

Mas a realidade é crua, não encontro
Por mais que procure, ele não vem
Que grites para alcançá-lo, não estarás a ouvir

Vou fitar ao longe a possibilidade
De te encarar vindo ao meu encontro
Se chegares permanecerá nos meus braços
Dos meus beijos te darei o alimento
Do seu sorriso meu contentamento
E todo frescor da minha paixão exortará
O momento triste que estavas a viver 

Oração


Daí-me Senhor, o rumo certo pro meu caminho
Que suas pedras sejam fáceis de transpor
Que meu horizonte seja visível, plausível
Que meu trôpego caminhar se faça lento
E que a minha certeza em vencer seja rápida
Que eu possa discernir quando disser:  sim ou não.
Que meus atos sejam para extinguir todos os malefícios
Que junto a mim esteja Sempre e sempre a me guardar.
Que eu possa dar mais do que receber
Que minha generosidade seja latente
Que intrigas não batam à minha porta
Que toda esperança não esteja de toda morta
Que eu cubra a dor, descubra a doçura das palavras.
Que não me calem no momento de proferir as palavras.
Que eu possa ser ouvido sem que precise gritar
Que minha oração se propague e chegue aos mais pequeninos, os necessitados de ajuda.
Amém!



O cão


O cão, seu dono não lhe quer.
E ele, fiel inconsolado, lhe convém a servidão. Mantém-se prostrado no chão a fitar o que a mão poderá lhe estender. Não caberia a desfaçatez de entender a maldade que lhe é imposta, cuja única forma de abatê-lo é justamente não lhe estender as mãos. O dono, esse que o espreita alto majestoso, sabendo-se superior, ledo engano, pois que não o é e de longe poderá chegar a ser. E o mamífero acreditando haver uma recíproca na gratidão do seu amor oferecido, aguarda ao lado, muitas vezes subjugado, a hora que poderá manifestar-se brandindo seu latido com a intenção de demonstrar satisfação por se encontrar presente junto ao incauto que se diz proprietário. E o dia a dia passa, e nunca se desfaz suas juras eternas de gratidão, Ah se pudesse dizer, que não têm limites o amor que oferta e senão o alimento que lhe é concedido poderia viver só do encontro do olhar e a ânsia de agradar, correndo, latindo sentindo-se útil, cujo dono sempre a gritar ... Sai cachorro... Sai daqui...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lágrimas


Quedo minhas lágrimas pensando em ti
Que a mim deixaste sem razão sequer
Fiquei amargurado, a tristeza de mim ri

Direito de sonhar não mais tenho
Seu olhar, seu corpo nu pra dizer-te mulher!
E assim, meus ares, meu brilho se apaga
Esqueço-me de viver - minha alma vaga.

Foi como a brisa da tarde que se desfez
Toda ternura da sua voz que foi embora
Que ao beijar-te, me deixou um talvez
Pois meu coração, machucado diz, não demora

Esperarei como uma prece da chuva a chegar
Toda terra seca exaurida que chora
Muitas alegrias, vontades a pregar
Que o desejo é grande e a esperança ainda mora.

Teu sorriso me faz viver assim

Teu sorriso me faz viver assim
Na alegria de poder beijar-te
Vou guardá-lo como jóia rara
Pois só assim meu coração não pára

Cultivar seu amor será meu lema
Deixar a mais bela rosa florir
E te dizer não irei, não tema
Ficarei aqui, nunca partir

Promessas eternas te farei
Neste mundo de sonhos, sempre desperto
Na sua beleza de rainha, serei teu rei
E quando precisar sempre estarei perto

Sonhos


Se os sonhos que temos se transformassem em realidade,
Toda terra seria o colorido das flores,
Toda alma livre das dores,
Cada qual com seus amores.

Pois o sonho que temos, buscamos acordados
Pois sonhando assim se vive sempre,
A alegria de ter encontrado
Todo o amor que possa estar guardado.

Que nossa vigília tenha fundamentos
Que os olhares se voltem pro belo
Que as alegrias de nossos dias sejam sentimentos
Que impere sempre a união das almas, um elo.

Que nada termine e que os amores sempre conheçam
Todas as mãos que se juntem, pras carícias, nunca um adeus
Que no traço da história, alegria e contentamento não envelheçam.
Que o ardor, o amor retorne sempre pros Seus.

Seu retorno


A saudade dos teus beijos me alucina
Lembrança dos caminhos que percorremos juntos
Que desse amor a alegria e o prazer predomina
Mas a vida muda, você foi embora, transformou-se em vultos

E eu a rezar, todo dia choro como uma vela
Pra que voltes pros meus braços e nunca saia
Pois neste quarto, peço pela luz que fugiu da janela
E que estando junto a mim, minha alegria nunca caia.

Deitar-me a aguardar seu retorno
Dizendo-me bom dia, a manhã chegou
E que eu saia vitorioso do meu amor sem fim
Que todas as sutilezas do mundo cresçam em mim.

Pra mim, a certeza de não voltar
Meu ser estará sozinho, inebriado
Pois não tem fim a dor no meu peito a brotar
E me sentir triste, todo sonho inacabado.

E se voltares, os pássaros vou convidar a cantar
Pra anunciar sua chegada, fim dos meus apelos
E o contentamento a todos sair a gritar
E arfando meu coração e a alma, não poderei contê-los.

Quero um amor


Quero um amor assim sem rumo
Pra não viver assim sozinho
Um amor que me projete me coloque no prumo
Quero um amor, doce uva, assim um vinho

Quero um amor, pra abrir o caminho
Que me faça brilhar, vaga-lume na noite
 Que me adormeça, faça meu ninho
Feito escravo feliz, fugindo do açoite.

Vou procurá-lo, determinado a encontrá-lo vou
Seus caminhos, seguir até que finde
Pois que amar me faz o que sou
Que Toca seu coração, que me entregas de brinde.

Que este amor venha pra ficar
Que do meu peito faça morada
Dele faça a música, alegria a cantar
Que te faça ruborizar, menina levada.

Convidarei a ficar. Do meu coração não sair
Pois a alegria se faz com ele aqui
Não tenha vontade de voar, nem partir
Pois dele me alimento, me faz lembrar que vivi.


Conectado

Certo dia me vi na obscuridade da vida sem internet. Me senti como Fedro sem poder alcançar seu amor e todo o rancor deste momento me consumiu.Lastimei, mas incólume, me converti ao ostracismo do mundo sem email, os denominados sites de relacionamentos, das notícias nem sempre boas e das péssimas quase todas entoadas aos borbotões. Salvaguardei-me nos livros. Estes sim, os libertei de toda a poeira desta galáxia  e mesmo combalido, exaurido das minhas noites  me debrucei e de sua fonte me alimentei até este momento.Da solidão deixo guardada as devidas proporções da dor e sigo, agora conectado, dedilhando afoitamente o teclado e para o monitor inicio meu espiar da vida e tudo que nela é pertinente.

O Tempo

Como corre o tempo que nem tempo nos dá! que o tempo passa rasteiro, sequer o olhar na janela, quando viu, já foi, já partiu. E ele se anuncia, na lembrança do que passou, na revolta de quem chorou, na alegria de quem esperava e que um dia voltou. O Tempo, que cruel nos apresenta, contumaz carrasco que nos açoita. Ele brada; Estou aqui! Contemple-me, pois que fugaz eu sou e se quiseres fitar-me, que faça agora, com esforço e somente assim poderá espreitar-me, porque passei, sumi, já não mais sou!