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domingo, 30 de janeiro de 2011

Esquecido


Tenho em minha rotina o dia de embarcar para o trabalho. Todo santo dia,  estou a aguardar  viatura que  possa me encaminhar pras funções a qual recebo bonificações mensais. Reflito calmamente sobre minha condição e a  falta de condução própria. Paciência, um dia talvez mude esta realidade  e não espere mais. Quando em um determinado dia desses meus afazeres, reparei numa família, nada abastada, diga-se até que míseros mortais que,  religiosamente,  nos sábados aguardam, assim como eu, um carro que possa levá-los, destino não sei onde. São em número de três. Três pobres almas desgarradas; de fortuna, de contentamento. Neste específico dia, ensolarado, vento escasso e escaldante sensação de calor, noto que um deles ficou para trás. Não o levaram em suas viagens, sem destino certo. De certo que,  este infeliz, ficou fadado à sorte de seus pensamentos e caminho que terá que percorrer. Sabe-se lá onde teriam ido os algozes companheiros que o deixaram. Voltei a mim, observando o choro contido do desprezado e indaguei:: Por que meus Deus, tão injusta é a condição do ser humano que, num hiato de sorte, deixa-se levar pela insconstante presença da solidão. Me senti sozinho também, como aquele sujeito, subjugado e buscando o caminho perdido, esquecido.

Um comentário:

Ateliê de Artes - Dri Queiróz disse...

By Luiz Henquito, tenho orgulho de ocê...bjs by Dri Queiróz