Por que caminhos deveriam percorrer os enamorados
Pois que de repente não se detêm na paixão
E seus corações, entorpecidos de desejo, encontrariam-se fustigados
E no perder da noite sem fim, como a claridade de um porão – Se deixariam quedar-se na solidão!
Este elo que buscassem num corpo, só encontrar
A faísca de uma chama, onde vento embala deixando fraquejar
Selaria num beijo, o encontro dos lábios, que profeririam paixão
E dos lamentos, tácitos de um sofrer vão, não deixar que restassem um não!
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Tempo
O tempo é sábio e Senhor dos seus dias
Cabe a ele maturar as certezas e decifrar as dúvidas
Não nos oferece destreza se não quedarmos na sua astúcia
O bom fruto é aquele que, da boca, só faz regozijar a delícia do suco
Daremos cabo do dia a dia se inserirmos no olhar a certeza do futuro
Nele depositamos nossas esperanças com o temperar das súplicas!
Cabe a ele maturar as certezas e decifrar as dúvidas
Não nos oferece destreza se não quedarmos na sua astúcia
O bom fruto é aquele que, da boca, só faz regozijar a delícia do suco
Daremos cabo do dia a dia se inserirmos no olhar a certeza do futuro
Nele depositamos nossas esperanças com o temperar das súplicas!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Ser Superior
O que da boca exala, propaga a tristeza
Que da fala que cala alegria, transforma em pobreza
E alma que sofre, esquece que se pode Ser Superior
A mão que bate, não sabe que rebate a si mesma a dor
Que a paz, embora esquecida, mesmo sofrida se revela
Á imensidão do mundo, de quem mergulha fundo
Transformando a angústia, num toque Divino, numa Essência Singela.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Interpretar a vida
Como interpretar a vida quando os atores que sofrem somos nós mesmos?
Na cena em que buscamos a luz na escuridão, não nos deixam ensaiar antes
E a cada ato, o fato de se apresentar no palco, despido de sutilezas - nossa alma
Que grita atônita em não saber que lado da platéia acudirá o pranto
Mas caberá o desfecho da cena, e nem com novenas poderá saber
Que a peça escrita, espreita a fala, exalando dissabores - O cair da cortina
Cessará de pronto a busca do feito perfeito de Ser Humano !
sábado, 7 de janeiro de 2012
Sua beleza
Quando acordo, o que faço é abrir as janelas do meu olhar
Buscar distante, tudo que posso ver, e tudo que possa gostar
Vejo a relva molhada, da madruga perdida, escondida no nada
Mas meus olhos sorriem, quando olham pra você
Sabem que a beleza mesmo a tua nem sempre cabem no que vê
Sua falta maltrata, e meus olhos crêem
Que sua ausência é a essência do não ter
E se viver é olhar adiante, cego meus olhos neste instante
Que sabes não enxergar, mesmo que todos vêem
Sua beleza ardente, que não sente a me matar!
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